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Células solares híbridas apresentam bom desempenho em teste no espaço

Por| 13 de Agosto de 2020 às 17h15

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Wei Chen / TUM
Wei Chen / TUM

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, trouxe resultados animadores quanto ao desempenho de células solares orgânicas e compostas pelo mineral perovskita. Durante os testes, eles observaram que essas células têm um bom desempenho e são mais finas e leves - características importantes para a ciência espacial. Os resultados do estudo foram publicados na revista Joule.

Para o estudo, essas células híbridas foram introduzidas na carga útil de um foguete lançado na Suécia, que fez uma breve viagem suborbital a uma altitude máxima de 240 km. As células solares resistiram às condições extremas do lançamento e do voo, e conseguiram absorver a luz solar com sucesso nos sete minutos passados no ambiente espacial, mostrando um excelente desempenho. 

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O grande diferencial aqui é essa formação híbrida dessas células solares: enquanto a produção de células solares de silício exige processos complexos, as células de perovskita e condutores semi-orgânicos podem ser produzidas mais facilmente. “Essas soluções orgânicas são muito fáceis de serem processadas”, explica Lennart Reb, autor líder do estudo. “Essas tecnologias poderão abrir novas possibilidades de aplicação - e isso também vale para além do setor aeroespacial”.  

Como o teste foi breve, os pesquisadores pretendem estendê-lo para satélites para analisarem como as células se comportam em períodos mais longos. Outro fator interessante é que essas células conseguiram absorver energia mesmo sem estarem na direção do Sol, ou seja, elas podem ser capazes de utilizar até a luz solar mais fraca - algo que as células solares tradicionais não fazem. “Isso confirma que a tecnologia pode ir a missões no espaço profundo, em que elas vão para longe do Sol, onde células convencionais não funcionam”, comenta Müller-Buschbaum, professor participante do estudo. Para ele, o futuro desse tipo de tecnologia é algo animador, e deverá trazer essas células para mais aplicações espaciais no futuro - e, claro, aqui na Terra também.

Fonte: Techexplore, TUMEureka