Cauda do "Cometa do Século" era tão massiva que foi visível por dias; veja fotos
Por Danielle Cassita • Editado por Luciana Zaramela |

O “Cometa do Século” já perdeu bastante do brilho, mas continua proporcionando um verdadeiro espetáculo no céu. É o que mostram novas fotos do objeto, capturadas pelo telescópio do Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos: além de incríveis, os registros mostram que o cometa "deixou para trás" sua cauda de poeira, que continuou visível mesmo após seu núcleo sair do campo de visão do instrumento.
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As imagens foram capturadas entre os dias 7 e 11 de outubro, e mostram que a cauda do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) permaneceu visível perto do Sol por alguns dias. “Após o núcleo deixar a cena, sua cauda de poeira massiva permaneceu visível por alguns dias”, descreveram os oficiais do observatório.
Estas fotos do cometa foram feitas com o telescópio LASCO (sigla de “Large Angle and Spectrometric Coronagraph”), telescópio que integra o observatório Solar and Heliospheric Observatory (SOHO) e está equipado com um coronógrafo. Trata-se de um instrumento que bloqueia a luz direta do Sol, permitindo que outros objetos permaneçam visíveis.
Lançado em 1995, não dúvidas de que o LASCO já flagrou uma série de cometas e inúmeros outros objetos espaciais. Mas, segundo os oficiais do NRL, o que tornou este diferente foi sua cauda de poeira, uma estrutura única em meio a estas três décadas de observações.
“Por um breve período no dia 14 de outubro, o extenso rastro de poeira do cometa se aglutinou em um rastro estreito e denso que abrangia todo o campo de visão [do telescópio]”, escreveram os membros do NRL.
O fenômeno aconteceu enquanto SOHO atravessou a órbita do cometa do cometa e flagrou o rastro na lateral, observando-o do Ponto de Lagrange 1.
O C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) proporcionou uma visão espetacular para observadores em todo o mundo enquanto seguia em sua jornada pelo espaço. No momento, o objeto já perdeu bastante brilho, mas ainda pode ser visto em latitudes médias com a ajuda de binóculos e telescópios pequenos.
Fonte: NRL