Publicidade

Brilhante! Foto tirada na ISS mostra raro evento luminoso transiente

Por| Editado por Patricia Gnipper | 11 de Outubro de 2021 às 11h20

Link copiado!

ESA/NASA–T. Pesquet
ESA/NASA–T. Pesquet

Na última sexta-feira (8), o astronauta Thomas Pesquet, da Agência Espacial Europeia (ESA), publicou uma foto de um fenômeno raro, registrado a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Ao observá-lo, você encontrará uma área luminosa que pode até parecer o resultado de alguma explosão por lá, mas, na verdade, o que o astronauta registrou foi a luz de um evento luminoso transiente (TLE). 

Os TLEs são fenômenos luminosos que ocorrem na atmosfera superior e, como são muito breves, dificilmente são percebidos. Para completar, fotografá-los não é nada fácil, porque os TLEs acontecem em grandes altitudes e costumam estar escondidos por nuvens de tempestades. “Essa é uma ocorrência muito rara e temos uma instalação fora do laboratório Columbus, dedicada à observação dessas emissões de luz”, explicou Pesquet na publicação no Twitter

Continua após a publicidade

Há diferentes tipos de TLE. Por exemplo, existem os sprites, fenômenos cujo nome é inspirado em um personagem da mitologia europeia, que surgem no céu como colunas avermelhadas que podem chegar a 90 km de altitude. Já os jatos azuis, TLEs causados por relâmpagos, acontecem em forma de cone na estratosfera, e podem chegar a 40 km de extensão. Pesquet não especificou qual foi o tipo de TLE observado, mas podemos especular que, talvez, trate-se de um “iniciador azul”.

Os iniciadores são parecidos com os jatos azuis — com a diferença de que, como não “conseguem” se tornar jatos propriamente ditos, eles acabam criando uma estrutura mais curta e bastante brilhante. Fotografá-los do solo é complicado, porque, como mencionado, ocorrem em altas altitudes e são bastante breves, durando de alguns milissegundos a poucos segundos. Felizmente, a ISS é um ótimo lugar para registrá-los: “a Estação Espacial Internacional é muito adequada para esse observatório porque voa pelo Equador, onde ocorrem mais tempestades”, explicou o astronauta. 

Até poucas décadas atrás, esses fenômenos foram observados por pilotos que levaram seus relatos adiante; mesmo assim, ainda levou algum tempo até os cientistas se convencerem da existência dos TLEs. “Avance alguns anos e podemos confirmar que os elves e sprites são bem reais, e podem influenciar nosso clima”, mencionou Pesquet na publicação. Aliás, eles não são exclusivos da Terra: no ano passado, pesquisadores descobriram que também há TLEs em Júpiter.

Fonte: Science Alert