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Atmosfera do exoplaneta rochoso TRAPPIST-1 c parece ser bastante fina

Por| Editado por Patricia Gnipper | 19 de Junho de 2023 às 15h56

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NASA, ESA, CSA, Joseph Olmsted (STScI)
NASA, ESA, CSA, Joseph Olmsted (STScI)

O exoplaneta TRAPPIST-1 c parece ter uma atmosfera extremamente fina, composta por dióxido de carbono. A descoberta vem de observações do telescópio James Webb, que revelaram o calor liberado pelo planeta e indicam também que ele pode ser o mundo rochoso mais frio já caracterizado com base em suas emissões térmicas.

O lado diurno deste planeta chega a 107,2 ºC. O TRAPPIST-1 c, junto de outros seis, faz parte do sistema TRAPPIST-1, que orbita uma estrela anã vermelha fria a 40 anos-luz da Terra. Embora tenham tamanho e massa parecidos com os dos planetas rochosos do Sistema Solar, não estava claro se estes mundos também tinham atmosferas parecidas com as de nossos vizinhos.

Para investigar as características do sistema, pesquisadores usaram o instrumento MIRI, do James Webb, para observar os planetas em diferentes ocasiões. Desta forma, eles conseguiram calcular a quantidade de luz do infravermelho médio, com comprimentos de onda de 15 mícrons, emitida pelo lado diurno do planeta.

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A quantidade de luz do infravermelho médio emitida por planetas está diretamente relacionada à temperatura deles, que, por sua vez, é influenciada pela atmosfera. Como o dióxido de carbono absorve a luz com comprimentos de onda de 15 mícrons, o planeta pode parecer mais escuro do que realmente é. Por outro lado, a luz poderia ser refletida por nuvens, que tornariam o planeta mais brilhante e esconderiam o gás por lá.

As medidas obtidas até o momento não trazem respostas definitivas sobre a verdadeira natureza do TRAPPIST-1 c, mas podem ajudar a descartar algumas possibilidades. “Nossos resultados são consistentes com o planeta sendo rocha pura e sem atmosfera, ou com uma atmosfera extremamente fina de dióxido de carbono e sem nuvens”, explicou Sebastian Zieba, autor principal do estudo.

Os dados indicam também que é pouco provável que o TRAPPIST-1 c seja como Vênus, ou seja, que tenha atmosfera espessa de dióxido de carbono e nuvens de ácido sulfúrico. De qualquer forma, a ausência da atmosfera extensa indica que, talvez, o planeta tenha se formado com pouca quantidade de água — e, se este for o caso, outros planetas devem ter se formado sob condições semelhantes, com pouca água e compostos necessários para a vida.

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature.

Fonte: Nature; Via: NASA