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Astrônomos do Havaí voltam a trabalhar após acordo com protestantes do TMT

Por| 14 de Agosto de 2019 às 20h10

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TMT.org
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Depois de mais de 20 dias de protestos, astrônomos do Havaí podem voltar a trabalhar por conta acordo entre manifestantes e autoridades locais em meio à polêmica construção do Thirty Meter Telescope (TMT). A obra é polêmica por ser feita em uma área considerada sagrada pelos nativos.

Astrônomos de 12 observatórios na região estavam parados desde 19 de julho, quando as obras do TMT começariam. Para evitar o início da construção, um grupo de protestantes fechou o caminho para o monte Mauna Kea, local de produção do TMT.

A liberação para que eles trabalhassem aconteceu depois que autoridades acordaram com protestantes que bloqueiam a subida do monte. O governo ofereceu uma lista de todos trabalhadores de observatórios locais que podem subir para continuar seus afazeres. Com isso, os manifestantes conseguem garantir que ninguém envolvido no TMT suba sem que isso atrapalhe o trabalho dos demais.

A paralisação pode ter impactado uma série de pesquisas e observações que exigiam acompanhamento diário de pesquisadores. Por exemplo, astrônomos do Telescópio em conjunto com Canadá, França e Havaí, chamado pela sigla em inglês (CFHT), descobriram na volta ao trabalho um possível asteroide em rota de colisão com a Terra.

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Há 13 anos, eles estão observando o objeto e perderam o rastro por conta da paralisação. Somente o avistaram novamente no último dia 10. Apesar da suspeita, o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia, já confirmou que não há risco de colisão em pelo menos uma década. O objeto em questão deve passar perto do nosso planeta ainda nove vezes, mas sem encontrar efetivamente conosco.

TMT

O TMT é considerado um dos maiores telescópios a serem produzidos. Ele leva esse nome exatamente pelo diâmetro: são 30 metros. Com isso, o dispositivo deve ser capaz de fazer observações com 12 vezes mais resolução que o telescópio espacial Hubble, este que fica na órbita da Terra.

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A produção em si não é bem um problema, sendo que a polêmica reside no local de instalação do telescópio. O topo do monte Mauna Kea é bom para observações, cuja localização alta privilegia a varredura do céu. A questão é que a região também é considerada sagrada pela população nativa havaiana, de etnia indígena. O povo de lá considera o monte com grande significado cultural, não querendo a profanação do espaço para outros usos.

Apesar da liberação dos trabalhos na região, a construção do TMTr ainda permanece paralisada com destino incerto.

Fonte: Sciencemag