Astrônomo amador encontra supernova em galáxia espiral
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
Mais uma supernova foi encontrada por um astrônomo amador. Após a detecção, o telescópio Hubble tirou novas fotos da galáxia NGC 941 e revelou ali o brilho deixado pela explosão causada, por uma estrela que chegou ao fim de sua vida.
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Localizada a mais de 50 milhões de anos-luz da Terra, a NGC 941 tem braços espirais que, apesar de serem luminosos, não têm estrutura tão definida quanto aqueles de outras galáxias. Na nova foto, ela aparece de frente em nossa perspectiva:
Ali, ocorreu a supernova chamada de SN 2005ad, estudada por meio de um programa para astrônomos entenderem os ambientes onde acontecem supernovas do Tipo II (aquelas causadas pelo colapso de estrelas massivas). Apesar do seu brilho ter diminuído, ela deixou para trás elementos que vão ajudar na formação de novas estrelas.
O mais interessante é que a descoberta inicial desta explosão não foi feita por cientistas, mas sim pelo astrônomo amador Kōichi Itagaki. Ele já encontrou mais de 150 supernovas — uma delas foi descoberta na Galáxia do Catavento, sendo a mais próxima da Terra detectada nos últimos 12 anos.
Após Itagaki relatar sua descoberta, astrônomos profissionais fizeram estudos espectroscópicos da supernova e concluíram que ela realmente era do Tipo II. Depois, o telescópio Hubble observou a área, capturando informações sobre a explosão e seus arredores.
O que é uma supernova?
As supernovas acontecem quando algumas estrelas chegam ao fim dos seus ciclos e colapsam sobre si próprias em explosões intensas. Por isso, as supernovas são consideradas alguns dos eventos mais energéticos do universo, e podem facilmente ofuscar a galáxia onde acontecem.
Elas são detectadas através de estudos que procuram mudanças de brilho no céu. Como acontecem de forma relativamente rápida, as supernovas aparecem de repente, ficam mais brilhantes e escurecem depois de alguns dias ou semanas.
É por isso que as contribuições de astrônomos amadores, como Itagaki, são tão importantes. Telescópios como o Hubble coletam tantos dados que os astrônomos profissionais levam meses ou até anos para analisá-los — mas, ao entrar no jogo, os amadores podem ajudar no trabalho, selecionando imagens com possíveis objetos de interesse científico ou observando o céu por longos períodos.
Fonte: ESAHubble