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Astrônomo amador descobre galáxia anã que pode ser satélite da M33

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Novembro de 2021 às 15h10

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Giuseppe Donatiello
Giuseppe Donatiello

A astronomia amadora, aquela realizada por pessoas que não possuem uma formação oficial na área, é uma aliada da ciência e sempre oferece novas descobertas do espaço. A mais recente se trata de uma galáxia observada pelo astrônomo amador italiano Giuseppe Donatiello, a partir de dados disponíveis ao grande público. Agora, astrofísicos dizem que o novo objeto astronômico é uma galáxia anã, com chances de ser uma galáxia satélite da galáxia do Triângulo, também conhecida como M33.

A pequena galáxia nomeada Pisces VII foi observada pela primeira vez por Donatiello e, em seguida, a descoberta foi analisada de maneira mais aprofundada por uma equipe de astrofísicos liderada por David Martinez-Delgado, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia. Os pesquisadores utilizaram imagens mais profundas obtidas pelo Galileo National Telescope, localizado na Espanha e, ao realizarem a calibração fotométrica, eles confirmaram se tratar de uma galáxia anã.

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No entanto, ainda é necessário analisar imagens registradas por telescópios mais potentes para confirmar sua posição exata e a sua verdadeira natureza. Isso porque Pisces VII pode ser uma galáxia anã solitária, o que seria bem incomum para os padrões de evolução galáctica já conhecidos, ou ainda ser uma pequena galáxia que orbita outra maior — no caso, a galáxia do Triângulo.

Emily Charles, doutorando da University of Surrey que participou do estudo, disse que, caso a galáxia não seja um satélite da M33, isto pode indicar a existência de muitas outras deste tipo que não possuem brilho suficiente para aparecer em registros passados. “M33 atualmente desafia as suposições dos astrofísicos, mas esta nova descoberta começa a nos assegurar que nossas teorias estão corretas”, acrescentou Charles.

Agora, a equipe precisa medir com precisão a distância da galáxia anã e observar seu movimento em relação a M33, mas, para isto, eles precisam de imagens complementares de telescópios maiores. “Imagens profundas do Hubble nos permitiriam chegar a estrelas mais fracas que atuam como estimadores de distâncias mais robustos, pois têm um brilho padrão”, explicou a também doutoranda da University of Surrey, Noushin Karim.

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Segundo Karim, imagens feitas por telescópios com 8 ou 10 metros de diâmetro poderão confirmar o movimento da pequena galáxia. Por isso, a equipe solicitará o acesso aos telescópios Keck, localizado no Havaí, e o Gemini, no Chile. O estudo por trás da descoberta foi publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Fonte: University of Surrey