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Astronautas podem se recuperar de perda óssea com um simples exercício

Por| Editado por Rafael Rigues | 05 de Julho de 2022 às 10h45

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cookelma/Envato
cookelma/Envato

Exercícios com saltos no espaço podem ajudar os astronautas a recuperar a densidade óssea perdida durante as missões espaciais. É que, segundo um novo estudo, o salto é o único tipo de atividade que fornece "cargas dinâmicas de alto impacto" que promovem o crescimento ósseo.

Há algum tempo os cientistas e as agências espaciais sabem que viajar por muito tempo no espaço tem consequências como a alteração no fluxo sanguíneo e na massa óssea — ou melhor, a perda de densidade e resistência dos ossos devido aos efeitos da microgravidade e exposição à radiação.

Pesquisas anteriores descobriram que a força óssea dos astronautas diminui em média pelo menos 14% durante uma estadia de seis meses no espaço. Quanto mais tempo em missões espaciais, maiores são os prejuízos físicos. Isso é um grande problema para os planos de enviar astronautas a Marte, por exemplo.

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Astronautas já têm atividades físicas incorporadas a suas rotinas durante suas estadias na Estação Espacial Internacional (ISS), incluindo até mesmo prática de yoga. Entretanto, os autores do novo estudo argumentam que atividades como corrida, ciclismo ou agachamento não foram associadas à recuperação óssea dos astronautas.

Por outro lado, os astronautas que se envolveram em treinamento baseado em resistência demonstraram melhor recuperação de densidade óssea após o retorno das missões. O estudo incluiu 17 astronautas, dentro os quais apenas oito recuperaram a densidade total da massa óssea um ano após o retorno do voo.

Segundo os autores, “o salto fornece sessões curtas de cargas dinâmicas de alto impacto que promovem a osteogênese [crescimento ósseo]”. Além disso, adicionar esse tipo de atividade pode até mesmo reduzir a quantidade de tempo de exercício diário necessária para manter a forma física.

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O novo estudo ainda é apenas o início da implementação de soluções para o problema, já que serão necessários novos equipamentos específicos para exercícios de salto em espaçonaves. Além disso, os cientistas ainda precisam observar um número maior de astronautas para chegar a conclusões mais sólidas.

Resultados do novo estudo estão publicados na revista Scientific Reports.

Fonte: Scientific Reports; via: Space.com