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Astrofotógrafo flagra proeminência no Sol maior que a distância da Terra à Lua

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Solar Orbiter/EUI Team/ESA & NASA
Solar Orbiter/EUI Team/ESA & NASA

O Sol lançou uma das maiores proeminências dos últimos anos, que foi registrada pelas lentes do fotógrafo argentino Schaberger Poupreau. A estrutura pareceu ser maior do que a distância entre a Terra e a Lua, de aproximadamente 380 mil quilômetros, e rendeu uma ejeção de massa coronal (CME) em nosso astro. 

Vencedor de diferentes prêmios de astrofotografia, Poupreau tem uma série de cliques do Sol em seu perfil no Instagram. E claro que a proeminência recente não poderia ficar de fora dos registros.

“Nesta tarde, apesar da enorme turbulência da atmosfera (durante o inverno, minha ‘visão’ é muito ruim), consegui fotografar uma gigantesca língua de plasma no Sol com meu telescópio H-alfa”, relatou ele ao Spaceweather.com. 

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O fotógrafo conta que a proeminência cresceu conforme a observava, até que chegou a mais de 380 mil quilômetros de altura; para comparação, a distância média entre a Lua e a Terra é de 384.400 km. “Esse fenômeno solar foi realmente espetacular. A gigantesca língua de plasma se estendia como uma serpente de fogo”, descreveu. “A magnitude e a beleza desse evento me deixaram admirado, lembrando-me mais uma vez da majestade e do poder do universo ao nosso redor”, acrescentou.

Confira a foto:

Proeminências solares como esta são grandes estruturas que se estendem a partir da fotosfera, a superfície do Sol. Elas ficam presas à superfície solar, e depois vão à coroa, a atmosfera externa do nosso astro. 

Elas costumam levar apenas um dia para se formar, mas as mais estáveis podem permanecer na coroa solar por alguns meses, alcançando centenas de milhares de quilômetros no espaço.

A proeminência em questão fez com que o Sol disparasse uma grande ejeção de massa coronal, evento que ocorre quando campos magnéticos e plasma solar são lançados subitamente ao espaço. Desta vez, a CME pareceu seguir em direção a Mercúrio. 

Se a CME viesse rumo à Terra, o campo magnético do nosso planeta iria direcionar suas partículas aos polos. Ali, elas iriam interagir com os átomos atmosféricos e liberariam energia na forma de luz, rendendo belas auroras boreais e austrais.

Fonte: Spaceweather