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Após interrupção devido ao coronavírus, missões espaciais da ESA voltam à ativa

Por| 02 de Abril de 2020 às 13h40

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No final de março, a agência espacial europeia ESA reduziu a equipe no centro de controle de missões para conter o avanço da epidemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), e as equipes desligaram os instrumentos científicos de 21 espaçonaves. Agora, pouco mais de uma semana depois, as missões interrompidas estão voltando à ativa, reunindo dados do Sistema Solar.

O trabalho no Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC) da ESA, em Darmstadt, Alemanha, continuava com suas operações rotineiras. A única alteração foi que a maioria dos funcionários passou a trabalhar em casa. Porém, quando alguém no controle de uma das missões testou positivo para COVID-19, foram tomadas medidas para impedir a propagação do vírus.

Todos os colegas que tiveram contato com este funcionário - cerca de vinte pessoas - foram colocados em quarentena e prédios inteiros foram completamente limpos e desinfetados, de acordo com a ESA. "Essa pessoa [contaminada] está agradecida e está se recuperando bem", diz Paolo Ferri, chefe de operações da missão no Centro de Operações da agência.

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Muitas dessas pessoas colocadas em quarentena estavam trabalhando nas missões Solar Orbiter, Mars Express e Exomars Trace Gas Orbiter, e nas quatro naves espaciais que compõem a missão Cluster. Com isso, as operações dessas missões foram reduzidas ao mínimo necessário enquanto os membros da equipe ficaram em casa.

Isso foi possível porque essas missões são projetadas para permanecer em um tipo de “modo de segurança” por longos períodos, em órbitas seguras mesmo que estejam com os instrumentos científicos desligados. Quando isso acontece, a ESA estabelece “critérios muito claros” para decidir quando as coisas devem voltar ao normal, de acordo com Ferri. Ele relatou que, a partir deste fim de semana, as missões serão gradualmente trazidas de volta ao seu estado normal.

Ainda de acordo com a ESA, não houve outros casos de contaminação entre seus colaboradores. Os que ainda entram periodicamente nas instalações da agência espacial trabalham isolados. Se eles precisam ficar na mesma sala, “seguem regras e proteções sociais muito rígidas de distanciamento”, afirma a agência.

Fonte: ESA