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Anel de Einstein revela galáxias a 9,4 bilhões de anos-luz de distância

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Setembro de 2021 às 15h30

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NASA/ESA/Hubble
NASA/ESA/Hubble

Em dezembro de 2020, a Agência Espacial Europeia (ESA) publicou uma imagem capturada pelo telescópio Hubble que destaca o maior e um dos mais completos anéis de Einstein já descobertos. Como uma referência ao nome da constelação na qual se encontra — A Fornalha —, a formação recebeu o apelido de “Anel Derretido”. Agora, a ESA revisitou a imagem com uma série de informações sobre as galáxias retratadas.

O objeto é resultado de um fenômeno conhecido como lente gravitacional, que por sinal é um dos melhores efeitos para verificarmos a veracidade da Teoria da Relatividade Geral (daí o nome “anel de Einstein”). A lente ocorre quando uma galáxia distorce a luz de outra mais distante através de seu campo gravitacional.

Neste caso, o efeito ocorreu em uma galáxia elíptica a 4 bilhões de anos-luz de distância de nós. Isso significa que as duas galáxias que vemos ampliadas na lente estão muito mais distantes — mais precisamente a cerca de 9,4 bilhões de anos-luz de distância! A gravidade da galáxia mais próxima criou uma curvatura no espaço-tempo, que “obrigou” a luz da galáxia mais distante a acompanhar essa mesma curva, antes de chegar às lentes do Hubble.

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Para que esse efeito ocorra, é necessário que ambas as galáxias estejam alinhadas quase perfeitamente com nosso planeta. Desse modo, a luz mais distante não apenas será distorcida, como também ampliada. Aqui, a imagem das duas galáxias afastadas foi ampliada 20 vezes, de acordo com pesquisadores que usaram dados de instrumentos como o Observatório Europeu do Sul e o Very Large Telescope (VLT) FORS. Com esses dados, os cientistas determinaram o valor do redshift (efeito que torna a luz de objetos mais distantes mais avermelhada) das galáxias ampliadas.

Se essa lente gravitacional ampliou a imagem das galáxias de fundo em 20 vezes, a capacidade de observação do telescópio Hubble foi aumentada para equivaler à de um telescópio de 48 metros, maior que os telescópios gigantescos que os pesquisadores podem projetar atualmente. Com tamanha capacidade, os astrônomos conseguiram determinar que a galáxia ampliada é uma espiral relativamente comum.

Contudo, considerando que essa luz distorcida levou 9,4 bilhões de anos para chegar até nós, essa galáxia estava no auge da formação de estrelas no universo. Seus braços espirais e seu bojo central podem ser vistos com clareza o suficiente para que os astrônomos possam entender melhor a formação estelar naquela época.

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Fonte:  ESA/Hubble