Agora é oficial! Brasil é membro do centro de pesquisa CERN
Por Danielle Cassita • Editado por Luciana Zaramela |
O Brasil se tornou o primeiro país das Américas membro da Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN), um dos maiores e mais respeitados centros de pesquisa no mundo. O anúncio foi feito pela instituição nesta sexta-feira (22).
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A oficialização do ingresso do Brasil no CERN vem após um acordo assinado em 2022 por Marcos Pontes, então ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação. Na ocasião, o termo tornou o país Brasil um Membro Associado do CERN.
Entretanto, a participação brasileira no centro seria válida só depois que o país terminasse todos os processos de acesso e ratificação necessários. Agora, o CERN anuncia que os procedimentos iniciados em 2022 foram finalizados e aprovados.
Com o avanço, o país recebe agora o status e o Protocolo sobre Privilégios e Imunidades da Organização. Segundo o CERN, a associação do Brasil enquanto país membro do CERN começou oficialmente em 13 de março de 2024.
Instalado na fronteira franco-suíça, o CERN conta com alguns dos maiores e mais complexos instrumentos científicos para estudar as partículas fundamentais, as unidades constituintes básicas da matéria. Um deles é o Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior e mais potente acelerador de partículas do mundo.
Brasil no CERN
A colaboração entre o Brasil e o CERN começou com a assinatura de um Acordo de Colaboração Internacional, em 1990. Com o termo, pesquisadores brasileiros foram autorizados a participar do experimento DELPHI, do Grande Colisor de Elétrons-Pósitrons.
Nos últimos 10 anos, a comunidade brasileira de física experimental de partículas dobrou de tamanho — por exemplo, ALICE, ATLAS, CMS e LHCb, que são os principais experimentos do LHC, contam com a atuação de 200 cientistas, engenheiros e alunos brasileiros.
Hoje, institutos brasileiros participam em todos estes experimentos e em suas atualizações. Agora que se tornou membro do centro, o Brasil pode indicar representantes para reuniões do CERN e dos seus comitês financeiros, além de solicitar vagas para programas de graduação por lá.
Fonte: CERN