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Velozes e Furiosos | Conheça a história real que inspirou os filmes

Por| Editado por Jones Oliveira | 15 de Junho de 2022 às 15h30

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Universal Pictures
Universal Pictures

Você pode não ter reparado, mas a franquia Velozes e Furiososcompletou 20 anos e traz, em seu porta malas, alguns feitos. A saga de Dominic Toretto e seus carrões arrecadou bilhões de dólares em bilheteria, impulsionou carreiras inteiras e alimentou todo um imaginário sobre corridas de rua. E o que pouca gente sabe é que tudo isso começou a partir de uma história real.

É realmente difícil imaginar como a trama dos ladrões de DVD que passam a salvar o mundo como super-heróis em grandes carros pode ter um pé na realidade, já que o exagero é sua marca registrada. Contudo, uma franquia tão (divertidamente) mentirosa nasce de um relato jornalístico.

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A grande inspiração para Velozes e Furiosos é o artigo Racer X (Corredor X, em uma tradução livre), publicado em 1998 pela revista estadunidense Vibe. A matéria é assinada pelo jornalista Kenneth Li, que fez um mergulho no mundo das corridas ilegais que tomavam as ruas de Nova York no final daquela década e que mostra não só a dinâmica das disputas, mas também o estilo de vida de seus participantes.

E, o mais importante: foi ali que o mundo conheceu o Toretto da vida real.

O homem por trás da lenda

O artigo é centrado em toda essa cultura marginal, mas encontra em Rafael Estevez o personagem que ilustra bem todo esse estilo de vida que ele encontrou nas ruas. Trata-se de um dos pilotos que participava dessas disputas, sendo um dos grandes nomes desse cenário ilegal. Ele era o homem a ser batido e que, mesmo assim, tinha o respeito de todos os demais pilotos. Era basicamente aquilo que vimos no cinema na forma de Vin Diesel.

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As semelhanças vão muito além desse conceito da lenda do asfalto. Na verdade, todo o estilo de vida e a própria filosofia deste dominicano de 30 anos serviu de base para a construção do Toretto de Velozes e Furiosos. Toda a sua paixão por carros, sua habilidade e dedicação no tuning e a própria visão das corridas como uma guerra é algo que foi transportado quase que integralmente para as telas. Isso sem falar dos neons, do óxido nitroso e de toda a estética das corridas de rua.

Além disso, outros elementos do artigo inspiraram o personagem. Sua história como o rapaz de origem estrangeira que abandona a escola para viver em oficinas mexendo e aprendendo mais sobre carros ajudou a construir a persona de Toretto, assim como essa mistura de rival e líder admirado.

Tanto que a matéria da Vibe traz várias entrevistas com outros pilotos da época e muito do tom que eles utilizam para se referir a Estevez e ao estilo de vida que ele adotava foi aproveitado para criar a dinâmica de família que acompanha Velozes e Furiosos ao longo desses mais de 20 anos.

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Ao mesmo tempo, é interessante notar como o filme de 2001 trata Toretto como o vilão da história. Ele é o criminoso mergulhado nesse mundo de corridas clandestinas que o personagem de Paul Walker — um policial infiltrado — tem que capturar. E isso, de certo modo, também tem um pé na realidade.

Em sua matéria, Kenneth Li não faz nenhuma menção a supostas atividades criminosas de Estevez, mas destaca esse antagonismo que o piloto tinha com a polícia. Em determinado ponto da entrevista, o corredor diz que se apaixonou por carros assistindo à série Os Gatões, em que os heróis sempre davam um jeito de escapar usando seu Dodge Charger.

Mais do que isso, na época em que o artigo foi publicado, a polícia de Nova York tinha iniciado uma operação para impedir as corridas e realmente passou usar veículos à paisana para encurralar os pilotos — e, mesmo assim, Estevez e seus companheiros davam um jeito de escapar. Isso sem falar, é claro, do fato de que ele estava ganhando muito dinheiro com apostas.

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E o próprio diretor do primeiro Velozes e Furiosos, Rob Cohen, cita o artigo da Vibe como inspiração para o que foi apresentado no longa. Mais do que isso, na época da produção do filme, Vin Diesel e Paul Walker seguiram os passos de Kenneth Li e frequentaram alguns desses eventos para entender como era a dinâmica das disputas.

Com o tempo, porém, a franquia seguiu por rumos mais ousados. O texto Racer X ajudou a construir Toretto e todo o mundo dos rachas, mas o cinema logo viu que era preciso ir além e extrapolar alguns limites para manter a série interessante. É a boa e velha licença poética de Hollywood. Contudo, enquanto os carros vão ao espaço para salvar o mundo, permanece a lembrança de que há um Dominic Toretto de verdade correndo por aí.

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Fonte: Vibe