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Quem é Ed Gein, assassino retratado na série Monstro da Netflix

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Divulgação/Netflix
Divulgação/Netflix

Estreia nesta sexta-feira (3) na Netflix a aguardada terceira temporada de Monstro, série antológica que, a casa season, retrata a história real de uma “figura monstruosa” que marcou a história policial dos Estados Unidos.

Após contar a história de Jeffrey Dahmer em Um Canibal Americano e de Lyle e Erik Menendez em Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, a série criada por Ryan Murphy e Ian Brennan se debruça agora sobre uma das figuras mais assustadoras e peculiares dos noticiários: Edward Theodore Gein, criminoso mais conhecido como Ed Gein.

Figura que habita o imaginário popular devido a gravidade de seus atos, Ed Gein foi condenado pelo assassinato de três pessoas, e ficou especialmente conhecido por roubar cadáveres de sepulturas, fabricando máscaras, troféus e acessórios a partir de seus ossos, pele e membros.

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Responsável por inspirar dezenas de assassinos da cultura pop – desde o Leatherface de O Massacre da Serra Elétrica até o Norman Bates de Psicose –, o serial killer ganhou a alcunha de O Açougueiro de Plainfield, e é dono de uma história que começa no início do século XX, em uma fazenda isolada em Wisconsin, Estados Unidos, e se encerra apenas na metade dos anos 1980, em um hospital psiquiátrico da região.

A história de Ed Gein

Filho de Augusta e George Gein, Edward nasceu em Wisconsin, em 1906, tendo sido criado desde pequeno pelos pais em uma pequena e isolada fazenda da região.

Embora frequentasse a escola, o menino, assim como seu irmão mais velho, Henry, nunca pôde ter amigos devido a uma proibição da mãe, de maneira que seu tempo livre era todo dedicado a ajudar na fazenda e aprender os dogmas religiosos que pautavam a vida da família.

Augusta, inclusive, famosa por criar os filhos praticamente sozinha, já que George sofria de alcoolismo e não parava em nenhum emprego, tratava os garotos com punho de ferro, e impedia que eles tivessem contato com qualquer tipo de mulher, sempre associando-as a servas do diabo e figuras que desgraçavam a vida dos homens.

Uma criação e histórico familiar extremamente problemáticos, mas que nunca fizeram com que Ed fosse visto como uma figura ameaçadora pela comunidade de Plainfield. Ao menos não até o início dos anos 1940, quando em um período de cinco anos o rapaz perdeu o pai por falha cardíaca; o irmão em decorrência de um acidente nunca esclarecido; e Augusta, a quem dedicara toda sua vida, em decorrência de um AVC.

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Devastado pela morte da mãe e isolado na fazenda da família, Ed Gein viveu então pelos próximos 12 anos afogado em seu próprio mundo, sendo visto a partir daí como uma figura tortuosa e à margem da sociedade.

Descoberta dos crimes e sentença

Foi apenas em 1957, no entanto, com o desaparecimento de Bernice Worden, dona de um armazém em construção, que os habitantes de Plainfield tiveram certeza de que realmente havia algo de errado com Ed Gein.

O rapaz, que havia sido a última pessoa a frequentar a loja de Worden na manhã em que ela desapareceu, tornou-se rapidamente o suspeito nº 1 de seu sumiço, até que buscas realizadas pela polícia em sua propriedade não apenas encontraram o corpo da jovem (decapitada e pendurada de cabeça para baixo em um galpão), como uma sucessão de cenas chocantes.

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Dezenas de utensílios feitos com ossos, peles, crânios e órgãos humanos foram encontrados pela casa de Ed Gein, indo de máscaras feitas de cabeças femininas a cintos costurados com mamilos. Isso, além de pedaços inteiros de cadáveres, como crânios, vulvas em caixas de sapato, narizes e corações.

Ao ser questionado, Ed Gein confessou ter exumado dezenas de corpos, que levou para casa a fim de “desmontar” e criar suas parafernálias. Os crimes foram cometidos entre os anos de 1947 e 1952, envolvendo em sua maioria pessoas recém-enterradas e que, segundo o criminoso, eram de mulheres de meia-idade que achava parecidas com sua mãe.

Além do vilipêndio dos cadáveres, Gein admitiu ter matado outras duas mulheres (número que até hoje causa controvérsias, já que as autoridades acreditam em mais homicídios) e as atrocidades do caso ganharam repercussão em todo o mundo, fazendo do assassino um dos mais conhecidos e temidos desde então.

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Levado a julgamento, Ed Gein foi considerado incapaz mentalmente, sendo primeiro levado para o asilo mental Central State Hospital – transformado posteriormente em prisão –, e mais tarde para o hospital psiquiátrico Mendota State Hospital, também em Wisconsin.

Embora o criminoso tenha sido levado a julgamento novamente em 1968 quando médicos alegaram que ele estava em sã consciência, Ed Gein continuou a ser considerado insano e viver em Mendota, onde permaneceu até 1984 quando morreu de falha cardíaca e respiratória em decorrência de um câncer.

Para quem quiser conferir o retrato feito pela Netflix da história do assassino, os oito episódios de Monstro: A História de Ed Gein chegam nesta sexta-feira (3) à plataforma de streaming.

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