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MIT cria sensor vestível que detecta gases tóxicos

Por| 08 de Julho de 2016 às 15h50

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Hernán Piñera/Flickr
Hernán Piñera/Flickr

Gases tóxicos nem sempre são sentidos pelo olfato, especialmente em um campo de batalha, por isso quatro cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram um sensor vestível que detecta a presença deste tipo de material. A ideia dos pesquisadores é colocar estes equipamentos em pequenos distintivos, que serão utilizados por soldados.

“Os soldados já carregam muitos equipamentos e uma série de dispositivos de comunicação”, comenta o professor de química do MIT Timothy Swager, principal autor de um artigo científico no qual descreve o sensor recém-criado. “Os soldados não têm sensores vestíveis para detectar gases tóxicos. Eles usam vários sensores, mas não algo do tipo que você pode carregar por aí. Os nossos sensores pesam menos do que um pedaço de papel”, continua o professor.

Swager lidera uma equipe composta ainda por quatro pós-doutorandos. O artigo do quarteto no qual o sensor é descrito foi publicado na revista científica Journal of the American Chemical Society.

Nanotubos e polímeros

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O dispositivo criado por eles utiliza nanotubos de carbono em um circuito elétrico. Os nanotubos funcionam como cabos comuns, porém, como são envolvidos por um polímero especial, não ficam isolados do ambiente externo. O revestimento é rompido assim que entra em contato com algum gás tóxico, como o sarin, fazendo com que o nanotubo se torne condutor e envie um sinal ao smartphone.

Para detectar o sinal enviado pelo fio, o dispositivo portátil precisa estar equipado com a tecnologia de comunicação por campo de proximidade, ou NFC, na sigla em inglês, que permite a transmissão de dados sem fio a curtas distâncias sem conexão via internet.

Uma vantagem do sistema concebido por Swager e sua equipe é o fato de ele ser um sensor irreversível. Isso significa que é possível constatar a exposição a um gás tóxico mesmo que ele não esteja mais presente no ambiente. “Há sensores que oferecem respostas reversíveis, então as coisas acontecem e, se você se afasta do sinal, ele se reestabelece. Mas este é diferente: a resposta é irreversível, então você recebe a informação sobre a dosagem total”, explica o professor.

Uso civil

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Além das aplicações militares, um sensor como este também pode ser muito útil para trabalhadores de usinas e refinarias, locais em que a exposição a gases tóxicos podem acontecer de forma pouco notável por outra maneira. A tecnologia desenvolvida no MIT foi licenciada pela companhia C2Sense e deve demorar pelo menos mais um ano para ser comercializada.

Fonte: TechCrunch