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10 blockbusters de arrasar para assistir no streaming do Telecine

Por| 05 de Maio de 2020 às 08h31

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Marvel Entertainment
Marvel Entertainment

Assistir a bons filmes quase sempre é uma boa pedida. Mas o que são bons filmes? Toda crítica de arte é subjetiva, depende muito mais da experiência do que de um conhecimento irrefutável. Não adianta, por essa perspectiva, buscarmos criar uma lista unânime. É impossível. Seja ela de cinco, 10, 100... nenhuma lista será exata.

A ideia das nossas listas, então, é, estando consciente dessa impossibilidade, a indicação. E, no caso desta lista, de alguns dos melhores blockbusters disponíveis no catálogo dostreaming do Telecine.

Felizmente, o catálogo tem algumas obras atemporais, dessas que entram em cada nove de 10 listas do tipo. Nossa ideia, dessa forma, foi fazer uma mesclagem. Visto que alguns filmes não somente podem ser excelentes e blockbusters ao mesmo tempo, mas podem também marcar uma geração, uma época ou até a história do cinema.

De todo modo, os filmes citados e brevemente resenhados mais abaixo servem somente como indicações para quem não os assistiu ou para quem gostaria de reassisti-los. Toda a apreciação depende de questões subjetivas do imaginário e, claro, do gosto pessoal – somos todos diferentes afinal.

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Sem mais demora e, como sempre, dentro de uma abordagem sem verdades absolutas, vamos à lista de 10 blockbusters de arrasar para assistir no streaming do Telecine (em ordem alfabética e desconsiderando os artigos).

10. 007: Operação Skyfall

O que Sam Mendes faz aqui é um trabalho minucioso de humanização do 007. Muito disso não se dá pelo trabalho com o James Bond, mas com todos aqueles que o cercam. A sensibilidade, traduzida tão bem pelo olhar de Daniel Craig ainda é sustentada pela direção de fotografia de Roger Deakins, cinefotógrafo que utiliza as luzes e as sombras como poucos em toda a história do cinema. O início, inclusive, com Bond saindo das sombras no último plano e se revelando no primeiríssimo é fundamental para acrescentar à experiência de assistir ao filme: Bond veio das sombras, como diz M (Judi Dench) bem mais à frente, e somente ele compreende todo esse processo de amadurecimento.

007: Operação Skyfall é, no final das contas, um estudo de personagem, mas não de um qualquer: trata-se de um homem existente em mais de 20 filmes e saído da literatura. O que poderia ser um obstáculo para essa intromissão é um atestado da envergadura de um filme acima da média e que ainda é abrilhantado por uma das canções mais icônicas de toda a franquia.

Na história, a lealdade de M é testada quando o passado dela volta para assombrá-la. Nesse contexto, 007 deve rastrear e destruir uma ameaça, independentemente do custo pessoal.

9. De Volta para o Futuro

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Não é somente um blockbuster, é um clássico. A história de Marty McFly (Michael J. Fox), um estudante do ensino médio que é acidentalmente enviado 30 anos para o passado em um DeLorean que viaja no tempo inventado por um excêntrico cientista, Doc Brown (Christopher Lloyd), ultrapassa gerações.

Dirigido por Robert Zemeckis, que ainda estaria à frente das duas sequências que completam a trilogia (também disponíveis no streaming do Telecine), De Volta para o Futuro é leve, dinâmico, aparentemente inocente, mas de uma energia e de uma força social atemporal. Além disso, a habilidade de Zemeckis para fundamentar a simplicidade do todo, contando, ainda, com uma trilha sonora imortal de Alan Silvestri, quase que instantaneamente pode transformar o filme em um dos mais queridos já assistidos.

A competência de Zemeckis seria posta à prova poucos anos depois, quando lançou aquele que talvez seja sua obra-prima: Contato.

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8. E.T.: O Extraterrestre

Uma lista de blockbusters dificilmente deixaria de contar com um ou mais filmes de Steven Spielberg. Em E.T.: O Extraterrestre, toda a sensibilidade do roteiro de Melissa Mathison é traduzida por Spielberg com um coração gigante. Além disso, o diretor dá uma aula de cinema em sua escolha de planos, interferindo claramente em cada passo de como a história é passada ao espectador – muitas vezes de uma visão infantil, inocente, com a imagem de baixo para cima (em contra-plongée). Em alguns momentos, Spielberg demonstra todo seu talento na construção de tensão, o que pode fazer alguns aspirantes da A24 e principalmente da Blumhouse ao cinema de terror perceberem o quanto precisam aprender.

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Na história, um elenco mirim extraordinário (com a pequena Drew Barrymore dando um show à parte) entra em contato com um alienígena e partem a uma aventura para enviar o inusitado amigo de volta ao seu mundo. Tudo isso embalado por mais uma trilha sonora inesquecível do eterno parceiro de Spielberg: John Williams.

7. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1

Talvez, para a maioria, os oito filmes que trazem Harry Potter como protagonista tenham uma curva ascendente de amadurecimento. Isso pode ser muito claro, inclusive, na escolha dos diretores. Se os dois primeiros (Harry Potter e a Pedra Filosofal e Harry Potter e a Câmara Secreta) têm Chris Columbus na direção – o mesmo que havia dirigido Esqueceram de Mim e Uma Babá Quase Perfeita –, o terceiro (Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban) trouxe Alfonso Cuarón – que havia finalizado há pouco tempo o excelente drama E Sua Mãe Também e, mais tarde, estaria envolvido em filmes mais pesados, como Filhos da Esperança.

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A questão é que, após Cuarón ceder um tom sombrio, a franquia passou por uma transição entre tudo, capitaneada por Mike Newell (com Harry Potter e o Cálice de Fogo – talvez o mais frouxo dos oito), até chegar às mãos de David Yates, que fundamentou o tom dos personagens que cresceram junto a uma geração inteira. Mas foi com Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 que Yates parece ter sentado e pensado em valorizar cada personagem como um ser humano único, multidimensional. De ritmo mais lento, mas constante, o filme é uma ode a Harry, Hermione, Rony e companhia, tornando-os não somente gigantes perante todos os acontecimentos, mas pessoas com as quais poderíamos conviver.

Com exceção de Harry Potter e a Ordem da Fênix (o quinto filme) toda a franquia está no catálogo do streaming do Telecine.

6. Missão: Impossível – Efeito Fallout

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Missão: Impossível – Efeito Fallout não para. A ação é praticamente ininterrupta e se, ao final, a lembrança for de que o filme começou lento e depois engrenou, trata-se de um problema de perspectiva: O último ato é tão intenso que não somente o início do filme como muito do que já foi realizado dentro do gênero da ação parecerá morno.

Em uma época que os blockbusters buscam lucro em cima de lucro, um filme de ação ir aos cinemas com quase duas horas e meia de duração foi de muita coragem. Missão: Impossível – Efeito Fallout pode ter perdido uma sessão diária em cada sala que foi exibido, mas ganha em um processo histórico. Em tempos que o cinema de gênero vem ganhando mais e mais espaço (vide o terror), a ação ganhou um dos maiores representantes.

Na história, Ethan Hunt (Tom Cruise) e sua equipe, juntamente com alguns aliados conhecidos, correm contra o tempo após uma missão dar errado.

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5. O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei

Épico sem se envaidecer de sua grandiosidade, intimista quando precisa ser, dirigido de maneira cirúrgica por um ainda consciente Peter Jackson, O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei é um dos filmes mais monumentais da história do cinema. E é precedido por outras duas obras que só o engrandecem ainda mais (ambas também disponíveis no catálogo do streaming do Telecine). O Senhor dos Anéis está, em minha opinião, entre as cinco melhores trilogias já realizadas.

Na história, Gandalf (Ian McKellen) e Aragorn (Viggo Mortensen) lideram uma guerra contra o exército de Sauron enquanto Frodo (Elijah Wood) e Sam (Sean Astin) aproximam-se da Montanha da Perdição com o Um Anel.

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4. Titanic

Baseado em um acontecimento real, Titanic é, na prática, um melodrama colossal dirigido com uma eficiência maior do que o próprio filme. James Cameron talvez seja o diretor mais visionário quando se fala em blockbusters. Muito pela sua sempre insistência em descobrir novos caminhos, inventar técnicas, mas também pela sua consciência estética e estrutural na construção dos seus filmes.

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Nesse sentido, Titanic é um dos maiores épicos da história do cinema e, mesmo com suas mais de três horas, conseguiu arrastar multidões aos cinemas, que choravam e choram até hoje com o desfecho de Jack (Leonardo DiCaprio) e Rose (Kate Winslet). Entre os blockbusters, Cameron talvez só tenha Spielberg como rival... e é Spielberg quem comanda o próximo filme.

3. Tubarão

O primeiro. O filme que, popularmente, deu origem ao termo blockbuster. Spielberg, em início de carreira, já demonstrava sua habilidade para o terror (citada mais acima, em E.T.: O Extraterrestre), mesmo com uma produção bem problemática. Tubarão é atual desde sempre – o que talvez prove o quanto a arte é um reflexo da vida – e, além disso, tem mais uma trilha sonora genial de John Williams. Aqui, o compositor faz de sua música o próprio personagem, ela (a música) indica a presença ou não do tubarão, visto que o bicho só é realmente visto no terceiro ato do filme.

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Tubarão é um clássico que começou a colocar Spielberg entre os maiores e, sem demora, já alçou Williams ao hall da fama e fez da montagem de Verna Fields uma das mais emblemáticas da história.

2. Vingadores: Guerra Infinita

Difícil fazer uma lista de blockbusters e deixar de fora o universo que redefiniu o formato. Para mim, pessoalmente, o melhor do Universo Cinematográfico Marvel foi realizado antes de Vingadores: Guerra Infinita, com Capitão América 2: O Soldado Invernal. Mas foi com o filme em questão que a Marvel, pela primeira vez, bateu a casa dos US$ 2 bilhões em bilheteria, entrando na lista das cinco maiores bilheterias da história – a segunda vez seria com Vingadores: Ultimato (que não está no streaming do Telecine).

Mas não é somente por isso que o filme está nesta lista. A superprodução, que é dirigida pelos irmãos Russo (mesmos diretores do citado segundo filme do Capitão América), consegue unir com muita competência todos os personagens da trajetória do UCM e, de quebra, tem uma eficiência emocional acima da média entre os filmes anteriores.

Um filmaço que merece ser visto por mais que não se tenha assistido a qualquer filme que o precede. Vale a pena pela experiência.

1. X-Men 2

Se no bom primeiro filme, os X-Men foram confrontados com o genocídio, em X-Men 2 a escolha do roteiro foi por assentar os ânimos e dar um tom mais introspectivo. Nesse sentido, a direção de Bryan Singer traduz as questões de direito à privacidade e de violação de leis dos mutantes como um simbolismo muito mais claro junto à realidade. No início, já com uma de suas melhores cenas, o filme mostra agentes atirando às cegas em Noturno (Alan Cumming) dentro da Casa Branca.

A questão é que Noturno está perdido, sua revolta é a revolta dos milhares ou milhões. Na faca, deixada no final da cena inicial, fica a mensagem: “Liberdade mutante agora.” X-Men 2 pode ser, assim, visto como um entretenimento eficiente, dada a agilidade proposta por Singer na condução das sequências, mas, ao mesmo tempo, pode sugerir (ou deixar mais claros) comentários sócio-políticos que perseguem a humanidade desde sempre. Poder, dominação, corrupção... X-Men 2 é, além de ser um filme de super-heróis, um thriller político e, ainda, com as talvez óbvias mensagens sobre as nossas diferenças raciais ou que nos tornam especiais.

Na época em que foi lançado, o filme foi indicado a oito categorias no Saturn Awards, premiação organizada pela Academia de Filmes de Ficção Científica, Fantasia e Horror dos Estados Unidos e concedida aos filmes, produções televisivas e profissionais que mais se destacaram dentro desses gêneros.

É verdade que no catálogo do streaming do Telecine podem existir filmes melhores. A questão é que definir os melhores, como dito na introdução, é uma questão subjetiva. A lista de 10 de hoje pode ser bem diferente de uma que venha a ser feita amanhã. Qualquer lista não deve ser levada como um parâmetro exato. Cinema é arte e a arte nunca é exata. Todo filme é uma experiência e toda experiência depende da entrega do interlocutor (no caso, de todos nós, espectadores).

Agora, ficam aí os comentários para que, em um momento tão delicado, possamos trocar indicações e ir criando uma corrente de filmes cada vez maior. Tenho certeza que vocês podem complementar e enriquecer tudo. Vamos conversando, debatendo...