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Estudo indica que Hollywood está perdendo bilhões por desigualdades raciais

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Março de 2021 às 20h20

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Captura de tela/McKinsey & Company
Captura de tela/McKinsey & Company

Vimos, no último ano, o movimento Black Lives Matter causar uma pressão ainda maior na indústria audiovisual, que se viu obrigada a ceder às demandas sociais, o que vem acontecendo gradualmente há algumas décadas, mas infelizmente a passos muito lentos. Para o futuro, o Oscar, premiação mais popular do cinema, colocou exigências de representatividade para que uma obra esteja habilitada a concorrer à categoria de Melhor Filme. A desigualdade, no entanto, ainda é notável.

Um novo estudo divulgado pelo Deadline sugere que a falta de investimento em projetos realizados ou protagonizado por negros está causando um enorme prejuízo para os bolsos hollywoodianos. O estudo foi fruto da consultoria empresarial fornecida pela McKinsey & Company e é a primeira pesquisa a ceder uma “visão integrada dos dados” e revelar “as muitas barreiras” que profissionais negros encontram nos inúmeros processos de produção de cinema e TV.

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A companhia analisou mais de dois mil filmes e entrevistou profissionais do setor, incluindo roteiristas, realizadores, produtores, atores e executivos em colaboração com a BlackLight Collective. A pesquisa, no entanto, não faz apenas o trabalho de mostrar as desigualdades, mas oferece soluções que reforçam e estimulam a inclusão e a representatividade no cinema e na TV.

Entre as conclusões da pesquisa, descobriu-se que mídia e entretenimentos somados são uma indústria que rende quase US$ 150 bilhões por ano. Hollywood sozinha, no entanto, se abraçasse as questões raciais, teria um ganho potencial extra de US$ 10 bilhões adicionais em receitas anuais. Isso significa que Hollywood pode ganhar quase 7% a mais só por abordar as desigualdades raciais em suas obras.

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A McKinsey descobriu ainda, especificamente com relação à BlackLight Collective, que seus filmes “têm sido sistematicamente subfinanciados e subvalorizados”, mesmo quando há evidências muito claras de que esses filmes teriam um retorno financeiro mais significativo que outras obras que acabaram sendo priorizadas.

Somado a isso, a pesquisa revelou ainda que, entre os cargos de controle criativo dos projetos, apenas 6% dos roteiristas, diretores e produtores de Hollywood são pessoas negras. Em frente às câmeras, a representatividade também é bastante desigual, já que o estudo concluiu que, enquanto pessoas negras conseguem em média seis papéis principais, os atores brancos, no mesmo período, conseguem em média nove papéis principais.

O estudo completo (em inglês) está disponível e pode ser lido aqui.

Fonte: Deadline