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Crítica Como Seria Se…? | Filme mostra as dores e alegrias de fazer escolhas

Por| Editado por Jones Oliveira | 17 de Agosto de 2022 às 20h20

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Reprodução/ Netflix
Reprodução/ Netflix

A Netflix lançou no dia 17 de agosto sua nova comédia romântica, chamada Como Seria Se…? que traz Lili Reinhar (a Betty Copper de Riverdale) como protagonista e tem direção de Wanuri Kahiu.

A trama do longa gira em torno de Natalie, uma jovem que acabou a faculdade e na noite da sua formatura— após passar mal de enjoo— decide fazer um teste de gravidez no banheiro da festa. Acompanhada de sua melhor amiga (interpretada por Aisha Dee), Natalie aguarda o resultado do exame que poderá mudar sua vida.

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A partir desse momento, o filme se divide em duas partes; em uma a garota não está grávida e parte, junto à sua amiga, para Los Angeles a fim de perseguir o sonho de trabalhar com animação gráfica. Já na outra, Natalie se descobre grávida e volta, junto com Gabe (Danny Ramirez), o pai da criança, para o Texas, onde fica a casa de seus pais.

Essa transição “de vidas” da protagonista, é feita de uma maneira muito sútil e inteligente, tornando a história mais interessante e fazendo com que o espectador não se perca na trama. Um dos pontos positivos é que quando se torna mãe, Natalie corta o cabelo e assim fica mais fácil identificar qual fase de sua vida está sendo retratada.

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Outro acerto do roteiro é retratar ambas vidas de maneira mais real, mostrando as alegrias e renúncias de viver cada uma delas. Se por um lado, mudar de cidade para começar uma carreira nova pode ser ótimo, por outro as coisas podem não sair como o planejado e gerar frustração.

Do outro ponto de vista, no entanto, ser mãe pode ser uma experiência única, porém difícil, especialmente quando essa gravidez não foi planejada. Ao não glamourizar a maternidade e nem a busca por um sonho, o filme permite uma maior identificação por parte do público.

Uma das frases mais marcantes do longa é dita por Tina (Andrea Savage), a mãe de Natalie. Ao ver a filha triste e cansada, ela diz: “quando você se torna mãe, você fica um pouco de luto pela pessoa que costumava ser”. E esse é um dos retratos mais fiéis da maternidade.

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Muito romance, pouca comédia

Além de momentos emocionantes como os citados acima, o filme entrega boas cenas de romance. Tanto o amor de Natalie por Gabe, quanto o dela por Jake (David Corenswet) é bem construído. O romance com os rapazes surge de maneira natural, tendo como ponto de partida uma amizade despretensiosa e evitando vários clichês vistos em outros longas.

E se o amor não decepciona, o mesmo não acontece com a comédia. Isso porque o filme tem poucas cenas engraçadas, o que não estraga a experiência, mas frustra quem esperava soltar algumas risadas.

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O elenco, por sua vez, entrega um bom trabalho. Além dos atores citados acima, completam o time Brenda Sabryna, E.A. Castillo, Sahara Ale, Taylor Murphy, Thales Egidio e Ty McLeod. O destaque fica para os protagonistas e para Aisha Dee que interpreta uma amiga divertida e companheira, daquelas que a gente precisa na vida.

Representação bissexual

E por falar na atriz, ela dá vida novamente a uma garota bissexual. Anteriormente, ela tinha interpretado a personagem Kat Edison em The Bold Type, uma jovem que também se descobriu bissexual.

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Embora o tema não tenha sido amplamente discutido no longa, fica nítido quando a vemos se interessando por um rapaz e depois namorando uma menina. As cenas são curtas, mas importantes e retratadas de maneira natural (como deve ser), trazendo representatividade.

O filme vale a pena?

Se você procura um romance para se divertir e passar o tempo, o longa é a opção ideal. Apesar de leve, a proposta do roteiro nos faz refletir sobre as nossas escolhas da vida e mostra que o é para ser nosso destino, acaba acontecendo de uma forma ou de outra.

Como Seria Se…?está disponível na Netflix.