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Anime | Como é feita a técnica de animação limitada

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 13 de Março de 2023 às 12h35

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Unsplash/Dex Ezekiel
Unsplash/Dex Ezekiel

A técnica de animação limitada engloba a redução de frames, o maior aproveitamento de cada quadro e a reutilização de moldes e desenhos. O método foi desenvolvido para reduzir o volume de trabalho, otimizar o tempo de produção e economizar no processo de criação de animações.

O anime é um dos estilos que mais utilizam recursos de animação limitada. Para poupar o esforço de desenhar cenas parecidas para criar a sensação de movimento, os anime empregam, por exemplo, truques de enquadramento a partir de desenhos estáticos.

Como a animação limitada se desenvolveu

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No audiovisual, os filmes passam a sensação de movimento utilizando 24 quadros por segundo (QPS) por padrão. Para uma animação, especialmente aquelas feitas a mão, essa quantidade de frames torna o trabalho muito volumoso — por isso, estúdios e criadores inventaram maneiras de otimizar a produção, como é o caso da animação limitada.

A chegada da TV representou o momento de maior desenvolvimento da animação limitada. A necessidade de entregar novos episódios de desenhos e anime em períodos curtos de produção levou os estúdios a criarem novas técnicas.

Nos Estados Unidos, a companhia Hanna-Barbera se destacou nos anos 1950-1960 com produções que valorizavam o close-up de personagens, a corrida pelos cenários e a forte presença de diálogos de humor. São exemplos dessa época os desenhos Corrida Maluca e Dick VigaristaeMuttley.

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Técnicas de animação limitada

No Japão, as técnicas de animação limitada começaram a ser utilizadas para cortar custos e fazer concorrência aos estúdios norte-americanos. Logo, as experimentações de linguagem e o uso criativo desse modelo de produção definiram o estilo dos anime japoneses.

Entre as técnicas de animação limitada estão:

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  • Repetição de desenhos e sequências (por exemplo, só é preciso desenhar um personagem andando uma vez);
  • Desenho de personagens por camadas, reutilizando partes do corpo para segmentos diferentes;
  • Técnicas de câmera, ângulos e edição para aproveitar os quadros;
  • Uso de imagem espelhada para representar o ângulo oposto;
  • Uso mais proeminente de narração/voz do que de recursos visuais.

Em produções de anime, pode-se notar as técnicas de animação limitada em cenas de longos planos com muitos detalhes ao fundo, quando personagens falam e a única movimentação do quadro é a boca abrindo e fechando.

Outros trechos em que esse tipo de animação fica evidente incluem ainda sequências de ação em que é possível ver o desenho do personagem “se mover” através do desfoque e da direção em relação ao fundo.