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América Latina torna-se a zona de guerra dos serviços de streaming

Por| 20 de Fevereiro de 2020 às 09h19

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odgers interim
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Se você se pergunta como vai a fluência da Netflix nas línguas Portuguesa e Espanhola, ficará resignado em saber que ambas vão muito bem nesse departamento, obrigado. E a coisa tende a aumentar: segundo levantamento feito pela Digital TV Research, as empresas de streaming de vídeos estão competindo acirradamente para atrair um público cativo e, consequentemente, dominar a América Latina.

De acordo com o estudo, a audiência desse tipo de serviço deve chegar a 51,1 milhões de espectadores até 2024 — um número 60% maior do que o registrado em 2019. As empresas sinalizam essa mudança por meio da produção contínua de shows e exibições que falem espanhol ou português, bem como a entrada de novos players no mercado, como Disney+ e Amazon Prime Video.

“Um número crescente de serviços de streaming de vídeo sustentados por gigantes da mídia e tecnologia estão sendo lançados por toda a América Latina, todos de olho em uma fatia do mercado que, até recentemente, era identificado somente pela Netflix”, diz um artigo publicado no site Latin America Business Stories (mantido pela EBANX). “Em 2016, o Amazon Prime Video chegou ao Brasil, sua maior base de clientes na região, e no ano passado, a Apple TV+ seguiu essa tendência, com o Disney+ devendo fazer o mesmo até o final de 2020. Mais além, a ViacomCBS anunciou recentemente a chegada de seu serviço de streaming gratuito PlutoTV para países latinos de idioma espanhol”.

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O estudo e a reportagem também citam a competição local, que já se arma para enfrentar as gigantes multinacionais. Citando nominalmente a Globosat (dona da Rede Globo e seus canais por assinatura), o texto fala de serviços como Globoplay e outras plataformas de streaming lançadas por canais pagos e abertos justamente para fazer frente à chegada dos serviços mais globalizados.

Um dos impedimentos apontados no texto, porém, é a questão da penetração de internet banda larga na América Latina: segundo a matéria, ainda que em declínio, a maior parte das conexões móveis da região ainda é pré-paga, ou seja, há uma limitação severa no consumo de dados, ao passo que empresas de conexões residenciais, em sua maioria, raramente atravessam ofertas de 4 Mbps — tecnicamente, o mínimo necessário para rodar um vídeo em streaming de alta definição.

Brasil em alta?

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Um gráfico estipulado pelo estudo mostra que o Brasil, embora em posição acirrada com outras nações latino-americanas, é o que detém o maior volume de produtos exclusivos: alavancados pelos produtores de conteúdo locais, nomes como Globoplay, Telecine e similares estão presentes somente no nosso país, ao passo que a maior parte dos serviços compartilhados também se encontram instalados aqui de uma forma ou outra.

O único exemplo multinacional ausente do nosso país, atualmente, é o Disney+ — válido ressaltar, porém, que ele está ausente de toda a América Latina —, que deve aportar em terras tupiniquins até novembro de 2020.

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Em outros países, a plataforma que abrigará as séries e produções dos universos cinematográficos de Star Wars e Marvel ainda segue sem data, no máximo mencionando um elusivo “até 2020”.

Fonte: LABS