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Angry Birds: uma história de sucesso

Por| 10 de Fevereiro de 2012 às 11h10

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Angry Birds: uma história de sucesso
Angry Birds: uma história de sucesso

É impossível falar de jogos para celulares sem se lembrar de Angry Birds, sucesso absoluto da plataforma. Os pássaros multicoloridos que saem em busca dos ovos roubados pelos porquinhos verdes, e devem destruir construções e plataformas, se tornaram símbolo para toda uma geração que aprendeu a jogar em telas de smartphones a tablets.

Primeiramente sendo vendido a menos de um dólar no sistema iOS (iPhone, iPad, iPod Touch), o título gerou nada menos que 350 milhões de downloads desde a época em que foi lançado. A Rovio, desenvolvedora finlandesa que estava prestes a falir quando lançou o jogo é agora uma das principais empresas do ramo no setor. O sucesso levou Angry Birds para 25 plataformas diferentes (consoles, portáteis), incluindo Facebook e Chrome.

Mas como explicar tamanha febre?

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É preciso ter em mente que a Rovio não se tornou a companhia que é hoje do dia pra noite. A empresa chegou a ter 50 funcionários, e acabou cortando para 12 pouco antes de lançarem Angry Birds – além disso, outros 51 jogos desenvolvidos não foram muito bem de vendas.

Mas neste último projeto a dedicação foi extrema para criar um jogo que apresentasse uma mecânica simples, atrativa, e que deveria agradar tanto jogadores experientes como novatos. Bastava o jogador segurar o pássaro no estilingue e mandá-lo para um lugar do cenário e destruir objetos que caíssem em cima dos porquinhos.

É possível perceber a preocupação com a produção sonora, os sons de cada um dos animais, a música de fundo, além da parte gráfica, que conta com animação dos personagens, detalhes de cada cenário e toda a mecânica que envolve jogar um pássaro de um lado pro outro até atingir seus objetivos.

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Com uma cara um tanto infantil e uma jogabilidade que requer certa prática, Angry Birds é um jogo que agrada a todas a gerações. Mesmo assim, o lançamento não foi um mar de rosas. O número de downloads na App Store foi desanimador nos três primeiros meses.

A desenvolvedora investiu em campanhas para que o jogo fosse sucesso em lojas menores. E logo chegou em primeiro lugar nas App Store da Finlândia (seu país de origem), Suécia, Dinamarca, seguida pela Grécia e República Tcheca. Assim, o jogo já era vendido com certa cara de "sucesso" quando chegou aos servidores da Store norte-americana.

O fato de ter se tornado número um em outros países chamou a atenção da Chillingo, distribuidora do mercado digital, que adquiriu os direitos de Angry Birds e que levou o título para o mercado do Reino Unido com um marketing pesado. Um vídeo de divulgação foi criado para o YouTube, e gerou mais de 42 milhões de visualizações.

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A partir daí já podemos imaginar o resto. Os downloads se multiplicaram, e a Rovio passou a assinar contratos com estúdios de Hollywood para fazer spins-offs do jogo com filmes, como Angry Birds Rio, que trazia os pássaros em conjunto com o filme de animação Rio, do brasileiro Carlos Saldanha.

Angry Birds Rio foi uma estratégia e tanto de marketing que colocou o jogo novamente no topo dos downloads tanto da App Store quanto do Android Market. Enquanto todo mundo falava do jogo e do filme (antes deste entrar em circuito), os capítulos do jogo eram lançados mensalmente, e mesmo após a estreia, muita gente continuou jogando Angry Birds Rio por meses a fio.

A primeira versão de Angry Birds ganhou versões para outras plataformas, como o Nintendo Wii, o PlayStation 3 e o PSP (PlayStation Portable), além de ser disponibilizada para navegadores e a maioria dos sistemas operacionais do mercado mobile. A empresa até licenciou seus produtos para brinquedos, além de camisetas e bonecos de pelúcia.

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Peter Vesterbacka, CEO da Rovio Mobile e criador do Angry Birds

Hoje eles vendem mais de 1 milhão de produtos licenciados por mês, setor do qual a Rovio tira cerca de 40% da sua renda total. Segundo dados oficiais, as pessoas costumam gastar, em média, 300 milhões de minutos por dia para jogar Angry Birds. Agora, o estúdio estuda até propostas para transformar o jogo em uma adaptação para os cinemas.

A história da Rovio com Angry Birds mostra como é possível consolidar tanto uma marca quanto um produto em um mercado que nem bem existia -- o de games no setor mobile.