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Startup Favela Brasil Xpress facilita entregas em comunidades de SP e RJ

Por| Editado por Claudio Yuge | 28 de Dezembro de 2021 às 21h30

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Divulgação/Favela Brasil Xpress
Divulgação/Favela Brasil Xpress

Uma queixa antiga de muitos bairros e comunidades brasileiras é que certas empresas se recusam a entregar alimentos e produtos nos seus CEPs. Embora isso não seja amplamente admitido, deve-se ao fato de serem focos de desigualdade social ou pelo acesso ser mais difícil, com ruas estreitas ou não asfaltadas. A startup Favela Brasil Xpress aceitou esse desafio ao se comprometer com entregas em Paraisópolis, a maior comunidade de São Paulo, além de mais seis no estado e no Rio de Janeiro.

A empresa de logística usa veículos leves como bicicletas, triciclos e motos, além de microterminais e pontos avançados de distribuição para conseguir entregar os produtos. Seus gestores e funcionários também têm conhecimento avançado das comunidades. Isso ajuda a realizar a operação de forma harmônica com a vida cotidiana de cada local e a minimizar riscos de acionamento de sinistros por entregas perdidas.

Além de Paraisópolis, a empresa tem bases operacionais em Heliópolis, Cidade Júlia e Capão Redondo, em São Paulo; e Diadema, Vila Cruzeiro e Rocinha, no Rio de Janeiro. A ideia é expandir para comunidades como Serra (Minas Gerais), Baixada dos Jurunas (Pará) e Casa Amarela (Pernambuco).

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Seu início ocorreu em abril deste ano, e até outubro então realizou 170 mil entregas, 1,8 mil entregas por dia, atendeu a 112 mil clientes e gerou mais de 70 empregos. A ideia veio de Givanildo "Giva" Pereira, empreendedor e representante do G10 Favelas Slum Summit, ONG que busca promover impacto social nas favelas de todo o país.

“O modelo basicamente é: o morador faz a compra pela internet, coloca seu CEP normal na rua, o centro de distribuição vai encontrar aquele endereço que foi comprado pelo morador, vai mandar para o nosso centro de distribuição e a partir daqui a gente utiliza moradores que trabalham dentro desta estrutura para fazer a entrega. Isso só funciona porque os trabalhadores trabalham e conhecem esta região”, afirmou Pereira ao site da Jovem Pan.

Para o empreendedor, a startup não só ajuda a combater o preconceito com comunidades carentes como atende à maior demanda de compras online dessas regiões. Tal demanda cresceu por conta do distanciamento social para evitar a pandemia de covid.

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“Na verdade a gente é considerado sem CEP, né? Por conta dos becos e vielas. Então, a partir do momento que a Favela Brasil Xpress surgiu, deu a oportunidade da gente ter entregas em nossas casas”, afirmou a moradora de Paraisópolis Elaine Souza à reportagem da Jovem Pan.

Fonte: Jovem Pan, Divi-Hub