O que é "ar-condicionado solar" e como ele pode acabar com sua conta de luz alta
Por Renato Moura Jr. • Editado por Léo Müller |

O ar-condicionado costuma ser um dos maiores inimigos da conta de luz, o que leva muitas pessoas a ficarem receosas quanto ao seu uso cotidiano. A boa notícia é que já existe uma alternativa que soluciona esse problema de forma prática e sustentável: o ar-condicionado solar, que substitui parcialmente ou totalmente o uso de energia elétrica vinda da distribuidora.
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A seguir, conheça melhor essa variação e entenda como ela pode garantir um uso mais econômico do seu ar-condicionado.
O que é um ar-condicionado solar?
O ar-condicionado é um aparelho que utiliza uma grande quantidade de energia para desempenhar suas funções. Manter-se ligado controlando as condições do clima de forma constante não é uma tarefa simples e, por consequência, não existe um método prático de alterar seu funcionamento a fim de reduzir o consumo de eletricidade.
Os modelos solares superam esse desafio com uma solução inventiva: não é o funcionamento que será alterado, mas sim a fonte de energia. Diferente de um aparelho que seria conectado diretamente a um sistema de placas fotovoltaicas, o ar-condicionado solar já vem equipado com essas células, ou seja: ele funciona de forma independente.
Atualmente, existem duas variações. A primeira seria a híbrida, que possui as placas fotovoltaicas para fornecer energia durante dias ensolarados, mas em outras circunstâncias, utilizaria a energia elétrica comum — como durante a noite ou em dias nublados. Já a segunda é um modelo que funciona 100% à base de energia solar, o que já envolve uma tecnologia mais avançada.
Naturalmente, o aparelho não consegue ser abastecido quando não há sol, então a solução adotada foi equipá-lo com uma bateria interna que é recarregada ao receber luz solar. Dessa forma, o ar-condicionado funciona normalmente durante o dia e garante uma carga adicional para os demais períodos.
Prós e contras
A principal vantagem do ar-condicionado solar está na economia de energia, que é notável em relação aos modelos tradicionais. A energia solar é uma fonte limpa e com um potencial de renovação ilimitado. Não menos importante, também é altamente sustentável, então essa acaba sendo uma forma de colaborar com a preservação do meio ambiente.
Outra vantagem é o fato do dispositivo ser capaz de se manter totalmente independente da rede elétrica (dependendo do modelo), o que garante que continuará funcionando em caso de quedas de energia. Até mesmo os híbridos podem proporcionar esse benefício, desde que o dia esteja ensolarado.
Já na parte negativa, o preço desses modelos é bem mais elevado que de um ar-condicionado comum. Hoje, o valor das placas fotovoltaicas permanece alto e isso reflete no produto, já que ele possui seu próprio conjunto delas — e dependendo da potência, pode ser necessário utilizar muitas placas. Um modelo de 12.000 BTUs, por exemplo, usa cerca de sete células solares.
Esse é outro ponto que pode se tornar um obstáculo. A infraestrutura necessária para a instalação das placas é considerável, especialmente se tratando de aparelhos mais potentes. Antes de fazer esse investimento, é essencial ter a certeza de que será possível instalar todas as células na parte externa da casa.
Quanto gasta um ar-condicionado solar?
Os custos relacionados a um ar-condicionado solar variam muito de acordo com a potência e a marca, mas ainda é possível ter uma noção a partir de estimativas. Um modelo de 12.000 BTUs, por exemplo, gasta em média 1 kWh por hora; a versão solar vai gastar exatamente o mesmo, porém é a fonte de energia que define os gastos.
Usando como referência as tarifas elétricas do estado de São Paulo, são cobrados R$ 0,671 para cada kWh. Dessa forma, um ar-condicionado comum que fica ligado por oito horas ao longo dos 30 dias do mês gastaria, em média, R$ 161.
Esse seria o valor aproximado que o ar-condicionado solar pouparia da conta de luz ao dispensar o uso de energia elétrica. Contudo, deve ser considerado o valor total do sistema para descobrir quando que ele “se pagaria”.
Caso tenha custado R$ 10.000, levaria pouco mais de cinco anos para que o investimento gerasse uma economia real nas despesas.
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