Pirataria no Kindle vai ficar mais difícil com novidade da Amazon
Por Wendel Martins • Editado por Léo Müller | •

Nesta semana, a Amazon implementou um novo sistema de proteção antipirataria nos leitores digitais Kindle que promete ser "inquebrantável". A atualização de firmware 5.18.5 trouxe mudanças significativas no DRM (Digital Rights Management) dos e-books.
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O novo sistema afeta todos os modelos de 11ª e 12ª geração, incluindo Kindle básico, Paperwhite, Scribe e o recém-lançado no Brasil, Kindle Colorsoft.
Como funciona a nova proteção do Kindle
Anteriormente, o DRM era armazenado individualmente em cada arquivo de e-book. Usuários conseguiam remover a proteção com relativa facilidade usando ferramentas específicas.
A nova versão usa uma chave secreta armazenada em uma pasta bloqueada no sistema de arquivos do Kindle. Essa chave descriptografa a proteção do livro e não pode ser acessada sem fazer o "jailbreak" do dispositivo.
O sistema se aplica a todos os e-books baixados após a atualização, independentemente da data de compra ou publicação.
A única exceção são livros cujas editoras solicitaram que permaneçam sem DRM.
Amazon também atualizou regras contra download de livos via USB
Esta é apenas a mais recente de uma série de medidas da Amazon para proteger sua plataforma. Anteriormente, em fevereiro, a empresa descontinuou a capacidade de baixar e-books do Kindle para computadores via USB.
O aplicativo Kindle para PC também foi atualizado para impedir que versões antigas façam download dos livros. Agora é obrigatório usar a versão mais recente apenas para ler conteúdo comprado.
Segundo desenvolvedores de métodos de "jailbreak" em fóruns especializados, a única esperança de contornar o sistema é ter feito o desbloqueio antes da atualização chegar ao dispositivo.
Usuário é realmente dono do seu Kindle?
Vale lembrar que, legalmente, usuários não são proprietários dos e-books comprados na Amazon. Na prática, pagam por uma licença digital que pode ser revogada a qualquer momento pela empresa.
Essa é a realidade da compra de produtos digitais, diferente dos livros físicos que podem ser emprestados livremente.
Embora a Amazon afirme ter criado um DRM "inquebrantável", especialistas em segurança digital costumam encarar esse tipo de desafio.
Ou seja, o tempo dirá se esta será a solução definitiva ou se usuários ainda vão conseguir realizar a quebra do dispositivo.
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Fonte: Good E-reader