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Facily recebe US$ 250 milhões em meio a queixas e reembolso aos consumidores

Por| Editado por Claudio Yuge | 22 de Novembro de 2021 às 15h20

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Mockup: Graphberry
Mockup: Graphberry

Na sexta-feira (19), o aplicativo de social commerce Facily anunciou que recebeu investimento de US$ 250 milhões. Isso coloca a companhia próxima da condição de unicórnio — empresas iniciantes avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão. A rodada foi liderada por DX Ventures e Delivery Hero, e teve a participação, ainda, da Citius. Nos últimos 12 meses, a companhia já tinha coletado US$ 116 milhões.

A empresa não informou qual a avaliação de mercado atual. Em comunicado oficial, a Facily informa que os novos recursos serão aplicados em eficiência logística. “(...) para acelerar as entregas dos pedidos realizados na plataforma, além de trabalhar na expansão nacional da empresa”, diz a nota.

O reforço de capital chega em meio a um período turbulento para a companhia. Depois de um crescimento de mais de 283.000% em reclamações no Procon-SP — de 21 em janeiro para 59.539 em outubro — o órgão passou a recomendar que os consumidores ficassem atentos às ofertas do aplicativo. “Valores muito abaixo do mercado podem ser indícios de problemas", explica Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.

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A Facily promete descontos de até 70% em itens de diferentes categorias a partir do conceito de comércio social. Os consumidores reclamam que o aplicativo atrasa ou não entrega os produtos, não reembolsa os consumidores após a reclamação ou mesmo entrega itens estragados ou vencidos.

Reembolso integral

Depois de tantas queixas, a plataforma se comprometeu a reembolsar integralmente os clientes que se sentiram lesados ao fazer compras pelo aplicativo e àqueles que não receberam as mercadorias. Segundo a empresa, o reembolso foi concluído na sexta-feira (19). Aqueles que notificaram o Procon-SP até 11 de novembro foram ressarcidos de forma integral.

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Além disso, o aplicativo passou a ter uma opção de cancelamento, para que o usuário solicite o reembolso. A Facily diz que ainda busca localizar os pedidos com dados cadastrais divergentes entre a companhia e o Procon-SP.

No ano passado, o volume de queixas contra a empresa foi de 14 entre janeiro e outubro. Neste ano, foram mais de 151 mil no mesmo período. "A Facily é recordista absoluta no Procon-SP. Em função desse número alarmante, além da multa, estamos estudando aplicar uma medida mais extrema prevista pelo Código de Defesa do Consumidor, que é a suspensão da plataforma", diz Capez.

Consumidores que passaram por situações semelhantes podem procurar o Procon-SP pelo site ou nos postos de atendimento pessoal, nos Poupatempos Sé, Santo Amaro e Itaquera e no posto avançado no 8º Distrito Policial do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DECAP), na Rua Sapucaia, 206, Brás.

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Fonte: E-Commerce Brasil, Mobile Time