Pega ladrão! Drones vão perseguir quem roubar em lojas físicas
Por Renato Moura Jr. • Editado por Léo Müller | •

Uma proposta vem ganhando atenção nos Estados Unidos: o uso de drones autônomos para perseguir suspeitos de roubo em lojas físicas, acompanhando-os até que os seguranças ou autoridades consigam intervir. A ideia partiu da startup Flock Safety, especializada em vigilância inteligente, que já fornece sistemas de monitoramento para órgãos públicos e empresas privadas.
Na prática, o funcionamento seria relativamente simples. Ao detectar uma ação suspeita por meio de câmeras fixas, sensores ou alarmes, o sistema acionaria automaticamente um drone que se deslocaria até a área indicada.
Equipado com câmeras de alta definição, visão noturna e até sensores térmicos, o dispositivo teria capacidade de rastrear o suspeito em tempo real, transmitindo imagens para uma central de segurança.
O objetivo não seria realizar a captura (já que os drones não poderiam agir fisicamente), mas sim impedir a fuga e fornecer provas visuais para uma resposta rápida das equipes de segurança.
Segundo a Flock Safety, a solução está sendo discutida com grandes redes de supermercados, shoppings e lojas de departamento, onde furtos são frequentes e custam bilhões de dólares por ano ao setor varejista.
Um dos diferenciais destacados é a capacidade de mobilidade: ao contrário das câmeras fixas, os drones poderiam cobrir pontos cegos, estacionamentos, corredores externos e áreas de baixa iluminação, reduzindo as brechas aproveitadas por criminosos.
Possíveis obstáculos
A proposta já levanta debates acalorados. Grupos de direitos civis e especialistas em privacidade apontam riscos de abuso, sobretudo em relação à vigilância excessiva e à coleta de dados de clientes inocentes.
Outro desafio seria o risco de falsos positivos, em que movimentos suspeitos poderiam acionar drones de forma equivocada, causando constrangimento ou situações de risco desnecessárias.
Além disso, a legislação sobre drones em áreas urbanas ainda é restrita em muitos países, o que pode atrasar a adoção em larga escala.
Apesar das incertezas, o avanço é visto como um novo capítulo no uso de tecnologia contra crimes. Se aprovado e regulamentado, o sistema promete não apenas dissuadir criminosos, mas também oferecer registros detalhados para investigações.
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Fonte: Flock Safety