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EUA vão manter frota de drones inativa por desconfiar de espionagem chinesa

Por| 31 de Janeiro de 2020 às 20h40

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DJI
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O Departamento do Interior dos Estados Unidos supervisiona e gerencia terras e recursos federais e, atualmente, possui uma frota de 800 drones, capazes de fazer monitoramento e ajudar em incêndios, por exemplo. Mas, desde outubro do ano passado, essas máquinas estão inativas. A razão é porque todas são chinesas ou possuem componentes do país, que sofre restrições comerciais dos Estados Unidos. As autoridades desconfiam que os UAVs possuam alguma aplicação que possa coletar e enviar dados para a China.

Na quinta-feira (30), o departamento confirmou que mantém essa decisão, exceto em casos de emergências, como o já citado uso em caso queimadas ou algo semelhante. Em sua declaração, disse que “os drones são importantes para missões de combate a incêndios ou de busca e salvamento”, mas que "devemos garantir que a tecnologia usada para essas operações seja tal que não comprometa nossos interesses de segurança nacional".

Não está claro se ou quando a proibição pode ser suspensa a qualquer momento, mas certo é que permanecerá em vigor “até que suas disposições sejam convertidas no Manual do Departamento ou até que sejam alteradas, substituídas ou revogadas, o que ocorrer primeiro”, de acordo com a ordem assinada pelo secretário David Bernhardt.

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Fabricante chinesa diz que está “desapontada”

A companhia chinesa DJI, líder mundial na fabricação de drones e maior fornecedor dos Estados Unidos, emitiu um comunicado oficial comentando a decisão, dizendo que está “extremamente desapontada com a decisão do Departamento do Interior dos Estados Unidos”.

“A segurança de nossos produtos projetados especificamente para o departamento e outras agências do governo dos Estados Unidos foi testada e validada independentemente por consultores de segurança cibernética e agências federais estadunidenses, incluindo o Departamento do Interior e o Departamento de Segurança Interna, o que prova que a decisão de hoje não tem nada a ver com segurança”, complementa o comunicado.

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A DJI também criticou a postura comercial dos ianques. “Nos opomos às restrições de país de origem com motivação política que se disfarçam de preocupações com segurança cibernética e pedimos que os formuladores de políticas e as partes interessadas do setor criem padrões claros.”

Fonte: The Verge, Departamento do Interior dos Estados Unidos