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Tecnologia pode mudar a forma como nos comunicamos com os cães

Por| 14 de Setembro de 2016 às 12h47

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Tecnologia pode mudar a forma como nos comunicamos com os cães
Tecnologia pode mudar a forma como nos comunicamos com os cães

Se os cães entendem o vocabulário humano, quais são os limites de complexidade para o homem entender um cachorro com o auxílio da tecnologia? Esta é uma questão muito ampla que foi publicada no Quora, rede social baseada em perguntas e respostas. Segundo Adriana Heguy, pesquisadora genômica e bióloga molecular, existem restrições biológicas claras que são específicas para cada espécie. No entanto, isso não significa que os seres humanos não podem, no futuro, encontrar uma maneira de contornar essas limitações utilizando a tecnologia.

Um cenário hipotético muito mais provável, do ponto de vista limitado humano é o mundo de cheiros. Os cães vivem em um mundo de cheiros e aromas que não podemos sequer começar a imaginar, porque o nosso olfato é cerca de quarenta vezes menos sensível que o deles. Em teoria, um nariz artificial, um dispositivo que permita detectar e identificar os aromas que os cães são capazes de detectar facilitaria, por exemplo, identificar o que está chamando a atenção do animal.

Mas, independentemente das diferenças físicas que impedem determinados tipos de comunicação entre os seres humanos e cães, nossas duas espécies coevoluíram e nós somos capazes de entender um ao outro muito bem, por causa da evolução convergente cognitiva. Os cães são capazes de compreender os nossos gestos apontando, por exemplo, enquanto que os chimpanzés e lobos não podem não pode. Os cães também podem entender as palavras, o que não é novidade.

O que uma nova pesquisa mostra, segundo a bióloga, é que os cães usam as mesmas regiões do cérebro que nós seres humanos usamos para interpretar palavras e entonação da voz. Os dados mostram que existem evolutivamente funções cerebrais mais antigas, que podem ligar uma sequência específica de sons, em outras palavras, uma palavra a um significado específico, como o nome de um objeto ou uma ação. O artigo conclui, enfim, que a capacidade neural para processar palavras não é exclusiva dos seres humanos, mas o que é exclusivamente humano é que nós inventamos as palavras e seu significado e uso.

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Resta agora saber quão próximo estamos de desenvolver tecnologias que facilitarão a comunicação com os cachorros e aguardar pela primeira inovação neste sentido.

Fonte: Forbes