Quanto custaria a assinatura inicial da Netflix hoje, com a inflação?
Por Jaqueline Sousa • Editado por Claudio Yuge |

Quando a Netflix chegou ao Brasil, lá no distante ano de 2011, tudo era mato no streaming. Isso porque, até então, quase ninguém conhecia o serviço ou outras plataformas do tipo, o que abriu espaço para que a empresa vermelha ganhasse espaço no mercado, logo se tornando o principal modelo da indústria quando o assunto é streaming.
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Fundada em 1997, nos Estados Unidos, a Netflix começou sua trajetória oferecendo um serviço de entrega de DVDs (lembra deles?) pelo correio, começando sua expansão para o mundo digital apenas no final dos anos 2000 no hemisfério norte.
No Brasil, a plataforma só ganhou uma maior visibilidade a partir de 2013 quando House of Cards, a primeira série original da Netflix, chegou ao streaming, dois anos após seu lançamento no país tropical.
A partir disso, o streaming foi caindo cada vez mais no gosto dos brasileiros, ganhando notoriedade com produções como Orange is the New Black em 2013, a série de 2015 do Demolidor e Stranger Things em 2016, além de popularizar a famosa “maratona” de episódios e transformar para sempre a maneira como o espectador se relacionava com as indústrias televisiva e cinematográfica, e vice-versa.
Mas você sabia que, quando a Netflix chegou ao Brasil, a plataforma tinha um preço bem diferente daquele que temos hoje em dia? O Canaltech vai te contar como era assinar a vermelhinha na época de seu lançamento e quanto a assinatura inicial da plataforma custaria hoje em dia de acordo com a inflação.
Quanto custava a assinatura inicial da Netflix quando o streaming chegou ao Brasil?
Levando em consideração que a Netflix chegou ao Brasil sem muita concorrência (no período, o Portal Terra e o NetMovies eram dois exemplos de serviços parecidos), a plataforma viu a oportunidade de crescer no país com a oferta de conteúdos estrangeiros que já estavam circulando no mercado digital há um tempo considerável.
Logo, se você é assinante da Netflix hoje em dia, talvez se assuste ao descobrir qual era o preço inicial do serviço quando ele chegou ao Brasil, em setembro de 2011.
Com a transmissão de filmes e séries de TV sob demanda, a Netflix oferecia naquela época um valor mensal de apenas R$ 14,99, sendo que o primeiro mês era totalmente gratuito. O valor ainda era fixo, ou seja, não era uma cobrança promocional e ainda prometia não apresentar reajustes por um bom tempo.
A título de comparação, atualmente a Netflix oferece três tipos de planos aos seus assinantes. O mais barato deles é o plano padrão com anúncios, que custa R$ 20,90 por mês. Já o plano padrão sem anúncios sai pelo valor mensal de R$ 44,90, enquanto o plano premium custa mensalmente R$ 59,90.
Quanto custaria a assinatura inicial da Netflix hoje em dia com a inflação?
Pode até parecer piada que existiu uma época em que a Netflix custava apenas $14,99 por mês, mas como seria esse valor hoje em dia ajustado pela inflação?
Fazendo a correção do valor segundo o IPCA do IBGE na calculadora do Banco Central, o plano inicial da Netflix custaria R$ 32,56 se chegasse ao nosso país em 2025.
O valor da mensalidade ajustado pela inflação seria maior do que o cobrado pelo plano básico com anúncios na atualidade, que é de R$ 20,90 por mês. A diferença, porém, é que, no início da Netflix, existia apenas o plano básico e os anúncios ainda não eram práticas da empresa.
Com tantas opções de streaming no mercado nos dias atuais, a Netflix chegaria em um cenário ainda mais desafiador no país do que em 2011, tentando competir com plataformas como o Apple TV+, cujo plano mensal é de R$ 21,90, e o Prime Video, que cobra R$ 19,90 por mês em sua assinatura.
Com outros serviços oferecendo opções mais baratas no mercado de streaming, a Netflix teria que fortalecer seu catálogo nesse cenário para conseguir sobreviver à luta pela atenção do público na atualidade.
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Fonte: Netflix, Valor Econômico e g1.