Criador do pendrive conta que foi alvo de chacotas quando apresentou sua ideia
Por Natalie Rosa | 09 de Junho de 2015 às 09h26
O pendrive é um item que já se tornou essencial no nosso dia a dia, seja no trabalho, na faculdade ou para fins pessoais. E o inventor do gadget, o engenheiro elétrico israelense Dov Moran, de 60 anos, diz tê-lo criado porque sentia a necessidade de carregar arquivos consigo, mas não podia.
Em entrevista ao portal UOL, durante uma passagem por São Paulo, onde participou do evento HighTech Nation, Moran comentou que a ideia da criação surgiu em meio a um problema que ele teve em uma apresentação. Ele relatou que estava em uma conferência nos Estados Unidos e, quando chegou a sua vez de falar sobre a sua empresa, a M-Systems, o computador parou de funcionar.
O israelense afirmou que como a sua empresa era listada na Bolsa de Valores, ele não podia falar "besteira" e temia que pudesse acabar falando algo digno de processo. Um de seus amigos sugeriu emprestar o computador, mas ele não tinha uma cópia da apresentação.
Porém, o desespero durou pouco, pois o computador logo voltou a funcionar e a conferência foi apresentada com sucesso. "Depois que acabei, foi o exato momento em que tive a ideia de nunca mais ir a um lugar sem ter uma cópia portátil", disse. "Naquele momento, vi que tínhamos que investir em uma tecnologia que fizesse uma memória flash portátil agir como um disco rígido", completou.
A patente do pendrive foi registrada em 1998, mas o primeiro produto surgiu apenas em 2000. "Na época riram da ideia. Alguns falavam que tudo estaria nos e-mails e que não precisava de um pendrive. Outros ainda diziam que o 1,44 Mb de um disquete eram o suficiente para guardar arquivos", relata.
O produto foi um sucesso e Moran vendeu a sua empresa para a SanDisk em 2006, companhia norte-americana de soluções em armazenamento, por US$ 1,6 bilhão.
Fonte: UOL