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Bichos estranhos! Viaje até 10.000 metros nas profundezas do oceano neste site

Por| 03 de Janeiro de 2020 às 16h30

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Neal Agarwal
Neal Agarwal

Que os oceanos são extremamente misteriosos muita gente sabe, mas o quão profundo são e o que há exatamente nas suas profundezas, ainda são um grande mistério para muitos — inclusive para os aficionados pelo mar. Pensando nisso, o cientista da computação Neal Agarwal publicou sua investigação marítima no site interativo The Deep Sea, (em inglês) onde um oceano se abre pela janela do navegador, exibindo parte da sua rica e estranha vida marinha.

A visualização do oceano vai até o ponto mais profundo de 10.850 metros, com um mergulho rico em águas-vivas estranhas, polvos e lulas gigantes que mais parecem saídas de um filme de ficção científica.

Em 32 metros de profundidade, está o peixe-palhaço, que ficou popularizado pelo personagem Nemo nas animações da Pixar, junto de Dori — a peixinha com problemas de memória —, conhecida também como cirurgião-patela. Já as orcas, os leões-marinhos e os tubarões-cabeça-chata começam a aparecer no mar a partir dos 100 metros de profundidade.

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Nos 340 metros de profundidade, há o seguinte aviso: "este é o ponto mais profundo que um humano já mergulhou. Foi alcançado por Ahmed Gabr, em 2014." Isso quer dizer que a partir de então, todo cuidado é pouco, mas é também a partir deste marco que as criaturas vão se tornando mais fantásticas, como a lula vaga-lume, nos 380 metros, que emite uma linda cor azulada. Ou ainda os moluscos Gymnosomata, que parecem ter asas.

Muito cuidado nos 773 metros de profundidade, com o polvo gigante, do Pacífico, que costuma medir mais de 3 metros. Outro gigante dos oceanos pode chegar até os 11 metros de extensão e vive a 805 metros de profundidade: é o regaleco ou peixe-remo, que já pensaram se tratar de um monstro-marinho.

Nessa crescente, as criaturas marinhas vão se multiplicando até o último registro, aos 10.000 metros de profundidade com uma espécie de crustáceo, o Hirondellea gigas. Mergulhando em velocidades normais de navegação na web, a visualização da página completa, feita em parceria com Harri Pettitt-Wade, professor da Universidade de Windsor, leva de 8 a 10 minutos para ser concluída.

Sobre a invenção posta em águas salgadas desde o começo de dezembro, seu desenvolvedor, Agarwal, comemora, no Twitter, mais de um milhão de visualizações. No post, o cientsita da computação, formado pela Virginia Tech, ainda comenta que é "incrível ver tantas pessoas empolgadas com o oceano".

Nostalgia dos anos 2000

Além de desbravar as profundezas do oceano, Agarwal já criou outras páginas interativas como um site em que compara o tamanho de astronautas, satélites e planetas nos espaço. Há também o Baby Map, feito para contabilizar a média dos nascimentos do mundo, enquanto se navega pela página. Em um minuto de tese, por exemplo, foram registrados 216 nascimentos, sendo que 64 deles eram na Índia.

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Quando questionado sobre suas inspirações para o desenvolvimento de sites considerados um tanto estranhos para os dias de hoje, Agarwal comenta que “a mídia social e os aplicativos móveis consumiram tudo, e a web tornou-se entediante novamente”, assim suas invenções são uma forma de romper com esse marasmo e alimentar essa nostalgia.

"Para entender meu trabalho atual, acho que você teria que entender como era a internet quando eu era criança", continua o cientista da computação. Nos anos 2000, “o Flash estava em toda a internet", quando a rede de comunicações estava no auge, em sua adolescência. Nessa época, para o autor dos sites, as crianças estavam envolvidas em jogos e animações em Flash, muito mais divertidas que o entretenimento atual, mesmo que um pouco estranhas e até toscas. E é esse espírito que o desenvolvedor busca resgatar com suas criações.

Fonte: The Deep Sea e It's Nice That