Bebês já nascem com um ano na Coreia do Sul; entenda
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
A Coreia do Sul tem um jeito diferente de contabilizar a idade: assim que um bebê nasce, já é considerado como se tivesse um ano. A cada ano novo (primeiro de janeiro), esse mesmo bebê já marca o segundo ano, o que quer dizer que alguém nascido em dezembro pode alcançar a marca dos dois anos de idade em poucas semanas de vida.
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Na prática, o país conta com três sistemas distintos de contar a idade de alguém: existe o internacional, que utiliza a data de nascimento de uma pessoa; o oficial, em que os bebês nascem com 0 anos de idade e ganham um ano a cada primeiro de janeiro, e o método da "idade coreana", que é o mais usado socialmente, onde todos têm automaticamente um ano de idade ao nascer e ficam um ano mais velhos no dia de ano novo, independentemente da data de nascimento.
Isso quer dizer que uma pessoa nascida em 30 de dezembro de 1995 teria 28 anos de idade coreana, 26 anos de idade internacional e, ao mesmo tempo, 27 anos de idade oficial. Essa tradição de calcular a idade teve início na China e já fez parte da cultura de diferentes partes da Ásia, mas a Coreia do Sul é o único país que ainda mantém.
Talvez não por muito tempo, inclusive. O país pretende abolir esse método, que já causou algumas consequências sociais e até econômicas, devido à confusão persistente e disputas sobre o cálculo da idade ao receber serviços sociais, previdenciários e outros serviços administrativos.
Essa confusão ficou à tona principalmente durante a pandemia, porque as autoridades de saúde usaram a idade internacional e a idade coreana de forma intercambiável para definir a faixa etária para elegibilidade da vacina contra a covid-19. A ideia de chegar a um padrão não é tão nova, no entanto. Desde 2019, projetos de leis já vêm circulando na Coreia do Sul com essa finalidade.