Publicidade

Quais bancos e fintechs brasileiros já adotaram as criptomoedas?

Por| Editado por Claudio Yuge | 20 de Julho de 2022 às 21h20

Link copiado!

Envato/ArtRachen
Envato/ArtRachen

Apesar da tendência de baixa que tem impactado negativamente o preço do Bitcoin e das demais criptomoedas, ainda assim o setor chama a atenção do mercado tradicional. Bancos e fintechs acompanham a evolução do segmento e revelam o quanto essa nova modalidade cativa o interesse dos investidores.

Nesse sentido, instituições bancárias e fintechs brasileiras estão lançando produtos relacionados ao mercado cripto, com soluções voltadas ao investimento em ativos digitais. Confira abaixo quem no Brasil já adotou as criptomoedas.

Nubank

Continua após a publicidade

O Nubank além de disponibilizar aos clientes a alternativa de investir em criptomoedas, revelou que pretende investir parte do patrimônio da empresa em Bitcoin. Em junho, David Vélez, cofundador da instituição, afirmou que pretende aplicar 1% do caixa da companhia na moeda digital.

Segundo ele, é uma maneira de se alinhar aos correntistas do banco. Vélez explicou que esse é o jeito de mostrar convicção para os clientes. No fim de dezembro, o caixa da empresa era de R$ 13,4 bilhões, sendo assim, o valor investido deve ser algo em torno de R$ 134 mil.

A empresa ampliou para todos os clientes o serviço de investimento em Bitcoin e Ethereum no dia 18 deste mês. A opção estava disponível desde o início de maio, mas apenas para algumas pessoas. Agora, todos os usuários da fintech poderão usar a funcionalidade Nubank Cripto no app para comprar e vender Bitcoin e Ethereum. As aplicaçõess podem ser feitas a partir de R$ 1.

Continua após a publicidade

Mercado Livre

O Mercado Livre também está bastante interessado nas criptomoedas, a instituição argentina anunciou em agosto do ano passado uma opção para compra e venda de moedas digitais por meio do aplicativo do Mercado Pago.

Em março deste ano, a empresa revelou ter ultrapassado a marca de 1 milhão de clientes de criptomoedas no Brasil. O Mercado Livre é uma das maiores empresas da América Latina, com vários serviços oferecidos para seus clientes. Os usuários podem negociar moedas digitais com valores a partir de R$ 1. A plataforma disponibiliza operações de Bitcoin, Ethereum e a stablecoin (moeda estável) USDP.

Itaú

Continua após a publicidade

O Itaú é outra instituição do mercado tradicional que percebeu o potencial das criptomoedas e decidiu oferecer aos seus clientes a oportunidade de investimento no setor. A organização que no passado assumiu uma posição crítica, desde 2021 demonstra interesse no segmento cripto.

Em 26 de abril de 2021, o banco ofereceu aos seus clientes a possibilidade de adquirir cotas do primeiro ETF de criptoativos do Brasil — ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo de investimentos negociado na Bolsa de Valores.

Na quinta-feira passada (14), o banco Itaú revelou o lançamento de uma plataforma de tokenização. A divisão Itaú Digital Assets será responsável por transformar ativos reais em representações digitais. A nova unidade da organização, além de trabalhar com o segmento de tokens, oferecerá também serviços de custódia de criptoativos.

Continua após a publicidade

A empresa não descartou oferecer no futuro a compra e venda de Bitcoin, Ethereum e outras criptos na plataforma.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil apresentou em março deste ano o BB Multimercado Criptoativos Full, o fundo de criptoativos do Banco do Brasil com foco em investidores qualificados. Os clientes da instituição podem aplicar a partir de R$ 1 mil.

O BB Multimercado Criptoativos Full cobra uma taxa anual de 2% sobre o patrimônio líquido do fundo pela administradora. Vale destacar que este percentual pode aumentar, caso os recursos sejam aplicados em cotas de fundos de investimento que também cobram taxa de administração.

Continua após a publicidade

Esse tipo de serviço oferecido pelo Banco do Brasil não se trata de negociação de criptomoedas e sim a compra de cotas de ETFs com exposição em criptoativos.

99Pay

A 99 anunciou nesta quarta-feira (20) uma série de novidades para sua carteira de pagamentos, a 99Pay, integrada ao aplicativo de mobilidade, aproveitando o aniversário de dois anos do serviço, lançado nos primeiros meses da pandemia de covid-19. As novidades vão desde a ampliação na possibilidade de transações com criptoativos até um novo curso de educação financeira

Continua após a publicidade

A empresa lançou em outubro de 2021 a possibilidade de aquisição de Bitcoin por meio da plataforma por valores a partir de R$ 10. Agora, a empresa decidiu ampliar a oferta de ativos acessíveis no app e também reduzirá o valor mínimo: será possível realizar as transações por quantias a partir de R$ 1. Segundo a 99, já está disponível na plataforma a possibilidade de comprar e vender cinco criptoativos. Além do Bitcoin, agora também é possível adquirir Ethereum, USD Coin, Solana e Mana.

A 99 diz que outros ativos são estudados e devem ser acrescidos à plataforma com o tempo, mas ainda não revela quais são seus outros planos.

XP

A XP lançou em maio desse ano uma plataforma para negociação de criptomoedas em parceria com a Nasdaq. Segundo revelou a instituição o plano é que até o fim do ano a plataforma disponibilize aos clientes a negociação de mais de oito moedas digitais diferentes.

Continua após a publicidade

O CFO da XP, Bruno Constantino, comentou na época que os 3,5 milhões de clientes terão acesso à nova plataforma diretamente no aplicativo e que os novos usuários poderão negociar conforme o projeto for crescendo.

A XP contratou a BitGo, empresa especializada em segurança e custódia de criptomoedas, para armazenar os ativos e também revelou que a maior parte dos criptoativos será armazenado em cold wallets (carteiras frias, sem conexão com internet), o intuito é aumentar a segurança da plataforma.

Banco Inter

Continua após a publicidade

Em abril desse ano surgiram os primeiros boatos que o banco Inter estaria próximo de lançar opções de negociação em criptomoedas. No entanto a empresa desde fevereiro de 2021, já disponibiliza as transações de fundos de criptoativos em sua plataforma de investimentos.

A instituição em parceria a corretora Vitreo permite o acesso dos seus mais de 9 milhões de clientes ao mercado de criptomoedas.

A parceria permite duas modalidades principais de investimentos: o CriptoMoedas, liberado apenas para investidores qualificados, e o Cripto Metals Blend, para o público mais amplo. O sistema de investimento do banco Inter não se refere a negociação de compra e venda de criptomoedas, mas a negociação de ETFs.

BTG Pactual

Continua após a publicidade

O BTG foi a primeira grande instituição financeira do país a ter sua própria plataforma de negociação de criptomoedas. Em setembro de 2021, a organização anunciou o lançamento da Mynt. A instituição também tem um fundo de investimento próprio com foco em Ethereum e outros dois em Bitcoin.

A instituição já revelou que seu interesse por criptomoedas vem desde 2017. Foi justamente nesse ano que as pesquisas por moedas digitais cresceu em todo o mundo. Por aqui, segundo o banco, parte dos clientes quiseram entender melhor esse novo investimento. A demanda por parte dos usuários estimulou a organização a estudar a tecnologia e o mercado cripto.

A Mynt ainda não está em funcionamento, o presidente do BTG Pactual, Roberto Sallouti, anunciou que o banco lançará daqui dois meses, sua exchange de Bitcoin e criptomoedas.

PagBank

Continua após a publicidade

O banco digital em parceria com a Hashdex dará acesso a investimentos com criptomoedas. Através da PagInvest, a plataforma digital dedicada a investimento da organização, os usuários poderão investir, a partir de R$ 500.

As taxas são de 1% ao ano, sob o valor total investido. A plataforma funcionará de maneira semelhante às corretoras de criptomoedas. Contudo, os saques são liberados respeitando um prazo de sete dias úteis.

A plataforma investe em criptomoedas através do fundo Hashdex que oferece cotas em moedas digitais, que correspondem a apenas 20% de suas aplicações. O restante do patrimônio é destinado também a títulos públicos que acompanham o CDI.

Bradesco

Os clientes do banco Bradesco também podem se expor ao investimento em criptomoedas através da Ágora, uma corretora da instituição. Através da plataforma todos os usuários poderão investir nos principais ETFs de criptomoedas do Brasil.

Os ETFs (Exchange Traded Funds) são Fundos de Investimentos negociados na Bolsa de Valores como se fosse uma ação. Esse tipo de ativo visa acompanhar o desempenho de algum índice de mercado como referência, nesse caso, criptomoedas. 

Nesse sentido, os ETFs de criptomoedas são uma forma de investimento que acompanham os preços dos principais criptoativos (Bitcoin, Ethereum, Litecoin, etc). Portanto, se o cliente Bradesco investir numa ETF Bitcoin, ele está adquirindo um ativo cujo valor vai ser igual ao da criptomoeda.

Através da Ágora, os clientes Bradesco, podem investir no mercado de ETFs de cripto disponíveis na Bolsa de Valores (B3) pelo Home Broker da Corretora via site ou app.