Mineradora de Bitcoin otimiza máquinas e agora gera 10 BTC por dia
Por Dácio Castelo Branco | Editado por Claudio Yuge | 25 de Janeiro de 2022 às 22h30
A mineração de Bitcoin vai bem além dos entusiastas que querem lucrar com a atividade. Hoje em dia, grandes empresas são criadas com seu principal serviço especializadas em minerar os ativos, e no caso da CleanSpark, uma dessas instituições localiza nos EUA, os investimentos sempre visam uma maior eficiência nessa ação.
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Nos últimos 3 meses, a CleanSpark dobrou seu poder de computação, atingindo a marca de uma taxa de hash de 2 EH/s, se tornando uma das principais mineradoras dos EUA de capital aberto, junto de empresas como Hut 8, Hive Blockchain e Bitfarms - todas com taxas parecidas.
Em comunicado oficial sobre a novidade, o CEO da CleanSpark, Zach Bradford, afirma que a empresa está produzindo cerca de 10 BTC por dia com o aumento do poder computacional.
Além disso, ele ainda afirma que o processo é feito de forma sustentável, graças ao uso de mecanismos de resfriamento por imersão em líquido e demais fontes de energias sustentáveis, como fontes hidrelétricas, solares e eólicas.
Impacto da mineração de Bitcoin no meio-ambiente ainda é grande
A mineração de criptomoedas consome muita energia, e há anos organizações ambientais pedem para que esse mercado encontre alternativas mais econômicas. Esse processo foi intensificado após o excêntrico bilionário Elon Musk, CEO da Tesla, ter comentado sobre a falta de sustentabilidade na mineração dos criptoativos, justificando que a Tesla só aceitaria novamente o Bitcoin como pagamento quando houvesse confirmação que as moedas estavam sendo geradas com energia limpa.
No caso da CleanSpark, mesmo que ela afirme usar fontes sustentáveis em suas operações, o aumento de sua taxa de mineração para 2 EH/s ainda é algo que pode ter grandes impactos no meio-ambiente.
Segundo estimativas realizadas em agosto de 2020, para uma mineradora de Bitcoin chegar a 2 EH/s, era necessário o uso de dispositivos eletrônicos que consumiam 64 MW por hora, o que, no valor atual da energia elétrica, daria valores superiores a R$ 9 milhões por mês — e mesmo que esse gasto seja diminuído pelo uso de fontes renováveis, o impacto ainda é grande.
Fonte: InfoMoney