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Ethereum vai processar 100 mil transações por segundo

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Uma nova atualização do Ethereum programada para ser ativada em 19 de setembro vai reduzir o consumo de energia utilizada pela criptomoeda e tornará a rede do ativo uma blockchain ecologicamente sustentável, capaz de processar 100 mil transações por segundo (TPS).

A criptomoeda número dois em popularidade no planeta passará pela atualização chamada de “The Merge”, que será responsável pela alteração do mecanismo de consenso proof-of-work para proof-of-stake, entre outras mudanças. O principal motivo para essa alteração é eliminar os problemas da rede, que são mais evidentes conforme aumenta o número de usuários e transações no protocolo Ethereum. Isso torna o sistema lento, congestionado e com altas das taxas.

A “The Merge “ ou Ethereum 2.0, é uma atualização cujo propósito é melhorar a velocidade, a eficiência e escalabilidade do ETH para que sua rede consiga processar mais transações, de maneira rápida e com taxas acessíveis.

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Outro motivo é que o “proof of work”, sistema utilizado pela Ethereum e também pelo Bitcoin, precisa de grande poder computacional exigindo um alto consumo de energia dos computadores utilizados nos processos. O “proof of stake” é um sistema muito mais acessível, qualquer pessoa pode “travar” uma quantidade de “tokens” e utilizar suas criptomoedas por um período de tempo definido, com o propósito de validar as transações, nesse caso, gastando o mínimo de energia.

Como incentivo os indivíduos que participam “travam” suas moedas digitais na rede e recebem novas criptomoedas. Com a atualização, todo o sistema de finanças descentralizadas (DeFi), projetos de gerenciamento da cadeia de suprimentos e pagamentos internacionais, baseados na rede ETH, farão parte da nova blockchain do Ethereum 2.0.

O que acontece após a fusão?

Basicamente o objetivo da fusão é realizar a mudança do protocolo de consenso. Embora a “The Merge” não resolva imediatamente os desafios enfrentados pela Ethereum, ela ajudará a preparar a rede para a “shard chains”.

Sharding, é uma técnica do sistema de gerenciamento de banco de dados (DBMS) e significa fragmentação. Ela é o centro da estratégia dos desenvolvedores da Ethereum. A fragmentação dividirá a responsabilidade pelo armazenamento de dados entre vários nós, reduzindo o trabalho de processamento e espaço de armazenamento na rede.

A ideia é dividir a Blockchain do Ethereum e o processamento de transações em fragmentos, com isso cada nó da rede só precisará armazenar um subconjunto das transações, melhorando o rendimento geral do sistema, proporcionando a escalabilidade esperada.

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Banco Central Europeu quer banir criptomoedas

A mudança para o Ethereum 2.0 tem se mostrado importante para o mercado de criptomoedas Um relatório divulgado nesse mês de julho, pelo Banco Central Europeu (BCE) crítica a mineração “proof of work”, atual sistema de consenso do Ethereum e do Bitcoin.

Usando dados de várias fontes, incluindo o Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI), o relatório revela que o consumo de energia combinado do Bitcoin e do Ethereum é maior que “países de médio porte", como Espanha, Holanda e Áustria.

O relatório também destaca como positivas, as iniciativas de transição da rede Ethereum e os esforços do Bitcoin Mining Council (Conselho de Mineração do Bitcoin) em reduzir a emissão de carbono e o incentivo a utilização de fontes de energia sustentável para a mineração de BTC.

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Com o que foi apurado pelos especialistas e divulgado no relatório, pode acontecer uma possível proibição do “proof of work”. O Banco Central Europeu, declarou que certos criptoativos são altamente incompatíveis com os objetivos ambientais, sociais e de governança (ESG).

Nesse caso, as criptomoedas que não se adequarem as práticas ambientais, sociais e de governança definidas pelo governo europeu, podem ser proibidas de serem utilizadas no continente.

Fonte: Ethereum.org

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