Corretora de criptomoedas Coinbene deixa o Brasil; veja prazo para sacar ativos
Por Roseli Andrion • Editado por Claudio Yuge |

Com restrições operacionais, a corretora chinesa de criptomoedas Coinbene anunciou na segunda-feira (18) que vai encerrar oficialmente as atividades no Brasil. As proibições do governo chinês ao mercado cripto são o principal motivo para a decisão — o que pode indicar que haja dificuldades em outros países, já que a situação é global.
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Em nota, a equipe brasileira explica que a companhia prefere parar por não ter condição de oferecer serviços de qualidade no país. “Considerando que os principais serviços técnicos e inovações de produtos vêm da equipe chinesa, podemos não ser capazes de fornecer serviços de alta qualidade aos clientes brasileiros como sempre fizemos”, diz nota oficial da corretora.
Com o fim das operações no país, a Coinbene deixa de ter equipe local de atendimento. Além disso, não vai mais oferecer depósitos e saques em reais na plataforma. Os clientes têm até 30 de novembro para sacar seus ativos em real. Depois disso, os serviços serão oficialmente interrompidos. “Após esta data, toda e qualquer tratativa deverá ser feita diretamente com a Coinbene Global”, informa a corretora.
Ainda não há informações sobre o fechamento da plataforma global, mas como a ação das autoridades chinesas é mundial, pode ser que ela tenha o mesmo destino da operação brasileira em breve. Isso porque, com as restrições regulatórias, a operação se torna inviável.
A filial foi aberta no Brasil em 2018 e enfrentou dificuldades para consolidar sua posição no mercado nacional, diferentemente de outras concorrentes internacionais que se expandiram por aqui. No fim de 2020, a equipe da plataforma deixou de responder aos usuários brasileiros e muitos suspeitaram que a Coinbene havia deixado o país.
Na época, em entrevista ao Portal do Bitcoin, Sófia Fang, diretora de operações da corretora no Brasil, disse que a plataforma passava por reestruturação, mas o atendimento seguia normalmente. Os clientes, entretanto, informavam que não havia respostas aos e-mails e que o telefone informado no Google pertencia a outra pessoa.
Além disso, a Coinbene enfrentou restrições legais no Brasil. Em agosto de 2020, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proibiu que a empresa captasse clientes no país para investimento em contratos futuros. Segundo os reguladores, a oferta desse tipo de produto correspondia a um contrato derivativo e precisava de autorização da CVM.
Fonte: Portal do Bitcoin