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Como funciona o processo de tokenização no meio cripto?

Por| Editado por Claudio Yuge | 30 de Junho de 2022 às 18h20

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envato/leungchopan
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Criptoativos são ativos digitais negociados de forma eletrônica. Podem ser representações de ativos tangíveis, que se pode tocar, como obras de arte; ou intangíveis, abstratos, a exemplo de direitos autorais. Falar em tokenização nessa seara significa converter o valor de itens do mundo real para o virtual, onde poderão ser negociados.

Daniel Coquieri, CEO da Liqi, uma fintech especializada em tokenização, falou em nota divulgada ao Canaltech sobre o que são ativos, quais podem ser tokenizados e como funciona o processo de tokenização.

O que são ativos e quais podem ser tokenizados?

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De maneira bem simples, ativo é tudo o que de alguma maneira pode ser convertido em dinheiro. É uma palavra que representa os bens, valores, créditos, direitos ou similares, que constituem o patrimônio de uma pessoa, empresa ou até mesmo governo.

Exemplos de ativos são ações, títulos públicos, imóveis, cripto ativos, obras de arte, contratos de aluguéis, etc. Os exemplos são vastos e hoje em dia praticamente quase tudo pode ser tokenizado.

Contudo, primeiro é preciso verificar se realmente a tokenização faz sentido para o mercado, se existe interesse pelo ativo após ele ser tokenizado e se o dono do token terá lucro após a compra. O processo deve promover a redução de custos e democratização do acesso aos diversos ativos, através da aquisição de frações, representadas pelos tokens.

Processo de Tokenização

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Coquieri, especialista no segmento de tokenização de ativos, explica que o processo de tokenização acontece em quatro etapas principais.

Etapa 1: A escolha do ativo

Nesta etapa, o responsável escolhe o ativo que deseja tokenizar e envia a empresa tokenizadora documentos que comprovam a existência do token. O objetivo é garantir que ele existe e respeita certas condições necessárias para esse processo.

Após as devidas comprovações, é firmado um contrato, geralmente em cartório. A intenção é deixar registrada a maneira como os ativos serão repassados aos tokenistas; e estabelecer os direitos dos mesmos.

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Etapa 2: Emissão dos tokens

A equipe de tecnologia desenvolve como o token funcionará, a quantidade de tokens que será criada, além da definição sobre o processo referente aos direitos de quem adquirir os ativos.

Nesta etapa são criados os contratos inteligentes (também conhecidos smart contracts); e os códigos de programação gerados dentro da blockchain — uma rede segura, imutável e criptografada, responsável por manter as informações públicas e invioláveis.

Etapa 3: Lançamento dos tokens

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Esta é a etapa da distribuição dos tokens, quando é realizada o lançamento na plataforma tokenizadora. Neste estágio os interessados podem analisar o investimento, ponderar os riscos, e comprar, ou não, o token.

Etapa 4: Governança

Os estágios anteriores explicam o que é e como acontece o processo de tokenização. A governança considera a maneira como deve ser realizado o controle dos ativos tokenizados, que são agora dos compradores.

Os compradores podem acompanhar as atualizações sobre o andamento do projeto, e receber os direitos definidos nas etapas anteriores, que podem ser dividendos, juros e a rentabilidade do token.

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Todo esse passo a passo deve ser apresentado na plataforma tokenizadora de ativos, com transparência, segurança, eficiência, agilidade, de modo a diminuir os intermediários entre o investidor e os ativos. É isso que deve facilitar o acesso a essa nova modalidade de investimento.