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PlayStation 5 tem especificações reveladas: SSD será grande pilar do console

Por| 19 de Março de 2020 às 10h45

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YouTube/Sony
YouTube/Sony

A Sony detalhou nesta quarta-feira (18) as especificações do PlayStation 5, seu novo console a ser lançado ainda este ano. A apresentação foi feita pelo engenheiro-chefe da empresa, Mark Cerny.

O executivo trouxe uma apresentação bastante técnica sobre os componentes, softwares e como eles conversam entre si. Segundo a Sony, esta apresentação seria exibida a desenvolvedores na Games Developers Conference (GDC), que aconteceria no começo do mês em São Francisco. Apesar de profundamente técnico, o papo permitiu tirar algumas informações novas sobre o console.

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SSD

Cerny começou sua apresentação focando no novo sistema de armazenamento do PlayStation 5. Ele disse que conversou com desenvolvedores e o SSD foi uma das questões mais pedidas: “SSD é a chave para a próxima geração”.

O componente será um dos principais pilares do novo console, desenvolvido internamente. O hardware terá capacidade de 825 GB, com banda de 5,5 GB/s. Contudo, dentro das tecnicidades, ele explicou que a Sony está trabalhando com um tipo de compressão chamado Kraken, que permite taxas de transferência de 8 GB/s a 9 GB/s entre o SSD e o sistema. Em comparação, o HDD do PlayStation 4 tinha taxa de até 100 MB/s.

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Isso permite dizer que 2 GB de informação podem ser transportados em um quarto de segundo. Para Cerny, isso significa “a liberdade para o desenvolvedor”, já que não só haverá menos (ou até nenhum) tempo de carregamento, abrindo espaço para outras formas de design de mundos.

Em um de seus exemplos, o engenheiro disse que a velocidade é tão grande que o game poderia carregar somente as informações que aparecem na tela, exigindo menos processamento. Isso porque o resto do cenário e personagens, que não são utilizados, não precisam mais ser precarregados, somente quando o jogador olha ou interage com aquele ambiente.

O SSD tem uma interface de 12 canais, o que dá ao desenvolvedor escolha de prioridade do que é mais importante carregar em diferentes momentos da gameplay. “Não faz sentido o cenário ser prioridade de dados, se o jogador estiver tomando tiro enquanto isso”, brincou Cerny.

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O componente é pareado com o chip RDNA 2 da AMD, também personalizado para o console da Sony. Com isso, a empresa conseguiu melhorar ainda mais a velocidade de transmissão de dados do SSD, chegando aos 5,5 GB/s.

Em termos de armazenamento interno, o console também terá slot extra para outro SSD, além de permitir suporte para HDD externo via USB.

E o processador e GPU da AMD? 

Cerny confirmou que o processador do PlayStation 5 será um Custom Zen 2 AMD, que faz parte da nova linha da fabricante que será lançada no final deste ano. A palavra custom quer dizer que a Sony trabalhou com a AMD para personalizar o hardware especificamente para o videogame, retirando e adicionando características conforme a necessidade. A CPU contará com oito núcleos Zen 2 rodando a 3,5 GHz — esse clock, porém, será variável.

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Já para processamento gráfico, o PlayStation 5 contará com uma GPU personalizada da AMD de arquitetura RDNA 2, também ainda a ser lançada pela fabricante. No total, serão 10,28 teraflops, com 36 CUs de frequência variável até 2,23 GHz.

“No lugar de rodar com constante frequência e deixar a potência variar de acordo com a quantidade de trabalho, o PS5 roda essencialmente em potência constante e deixa a frequência variar baseada na quantidade de trabalho”, explicou Cerny.

Basicamente, isso significa que desenvolvedores não vão precisar se preocupar com consumo de energia (o que poderia derrubar o desempenho) já que ele é fixo. Em termos práticos, o que a mudança faz é passar essa responsabilidade para o hardware e não para o software.

Para fechar, o aparelho também terá 16 GB de memória RAM GDDR6/256-bit, além de leitor de Blu-Ray compatível com 4K.

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Som

Cerny se mostrou bastante animado com as capacidades de som do PlayStation 5. O console vai contar com uma nova tecnologia chamada Tempest Engine. A proposta é dar mais imersão ao jogador, mesmo que ele só esteja usando a saída de som da TV para isso.

O console também terá suporte a uma tecnologia chamada Head-related Transfer Function (HRTF), que pensa toda a engenharia de som com foco em onde está a cabeça do usuário. O executivo explica que toda tecnologia está sendo desenvolvida para funcionar com apenas duas saídas de som — assim sendo compatível com todas as TVs, home theaters e fones de ouvido.

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A proposta final é fazer com que o som seja adaptado para os ouvidos de cada jogador, sendo capaz de reconhecer o formato da sua orelha e otimizando a qualidade de som para cada fisionomia.

Para quê tudo isso? “E se você se sentisse dentro da Matrix só colocando fones?”. Com a Tempest, Cerny pretende fazer com que o jogador possa identificar posicionamento de inimigos e gerar mais imersão mesmo que se não tenha caixas de som de qualidade em casa.

Retrocompatibilidade

Cerny tangenciou o assunto da retrocompatibilidade em sua apresentação. Segundo ele, o PlayStation 5 não terá hardware de outros consoles para rodar jogos antigos. “Isso seria muito caro”, comentou. Por conta disso, tal compatibilidade será feita por emulação.

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Ele mostrou uma imagem indicando que o PS4 estaria integrado ao sistema do novo console, sugerindo que somente jogos desse console podem ser compatíveis com o PlayStation 5. Ou seja, é possível que games dos PlayStation 3, 2 e original não rodem no novo aparelho por emulação.

O PlayStation 5 deve chegar ao mercado no final de 2020, ainda sem data nem preço definidos.

Fonte: Sony (YouTube)