Publicidade

OpenAI é acusada de coibir funcionários de alertar sobre riscos de IA

Por  | 

Compartilhe:
Mojahid Mottakin/Unsplash
Mojahid Mottakin/Unsplash

Funcionários da OpenAI enviam carta de sete páginas à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, acusando empresa de proibir equipes internas de alertarem público sobre potenciais riscos da IA. A denúncia formal foi confirmada no último sábado (13) pelo The Washington Post.

O teor completo da carta não foi revelado, mas um dos denunciantes conversou em caráter confidencial com veículo estadunidense. De acordo com a denúncia, a OpenAI insere cláusulas contratuais ilegais, proibindo todos os funcionários de falarem com órgãos federais reguladores.

A empresa já se posicionou oficialmente, alegando que todas as normas de confidencialidade em contratos visam garantir a segurança de funcionários, bem como das propriedades intelectuais desenvolvidas na empresa.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade
“Nossa política de denunciantes protege os direitos dos funcionários de fazerem divulgações protegidas. Além disso, acreditamos que o debate rigoroso sobre essa tecnologia é essencial e já fizemos mudanças importantes em nosso processo de desligamento para remover termos de não difamação”, afirmou Hannah Wong, porta-voz da OpenAI.

Políticas internas coíbem direito e idoneidade de denúncias

As políticas internas de confidencialidade contratual, apesar de importantes, muitas vezes abrem brechas para favorecer ambientes de trabalho tóxicos. Durante o movimento #MeToo, funcionários de empresas de tecnologia como Meta alertaram, já em 2020, que várias normas internas da Meta dificultavam realizar denúncias de assédio moral e sexual de forma efetivamente anonima, e muitas das denúncias realizadas resultavam em represálias travestidas de reestruturação interna.

Relatos similares são extremamente comuns em empresas de tecnologia, principalmente entre as de capital aberto, como os escândalos de assédio na Blizzard/Activision durante a gestão do ex-CEO Bobby Kotick.

Fonte: The Washington Post