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Assédio e discurso de ódio: pesquisa revela o que jovens encaram no metaverso

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

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Nikitavas/Envato
Nikitavas/Envato

A geração dos nativos digitais, nascidos com tecnologia na palma da mão, adere com facilidade às inovações. Entre elas, os dispositivos de realidade virtual (VR, na sigla em inglês). 

No entanto, como esse público é especialmente vulnerável a diferentes tipos de perigos e violências psicológicas, duas universidades dos Estados Unidos se juntaram para investigar os danos causados à saúde mental dentro desse universo fictício. 

Conduzida pela Florida Atlantic University, em colaboração com a Universidade de Wisconsin-Eau Claire, é uma das primeiras pesquisas a examinar os problemas causados aos jovens pelo metaverso e foi publicada neste mês de outubro no periódico científico New Media & Society.

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Ao todo, foram entrevistados 5.005 jovens de 13 a 17 anos, e foi identificado que:

  • 33% dos adolescentes possuíam um dispositivo de VR, sendo 
  • 41% dos meninos e 25,1% das meninas e, dentre estes, 
  • 13% o utilizam semanalmente. 

Ao analisar os tipos de malefício que o metaverso pode provocar, as informações obtidas reafirmaram a necessidade de proteger os jovens nos ambientes digitais, dado que:

  • 18,1% sofreram aliciamento ou comportamento predatório;
  • 19% sofreram assédio sexual;
  • 21% enfrentaram conteúdo violento ou sexual indesejado;
  • 22,8% foram vítimas de catfishing (criação de uma identidade falsa online para enganar alguém, normalmente com intenções românticas);
  • 30% foram alvos por fatores como peso, preferência sexual, orientação sexual ou filiação política
    37,6% sofreram bullying; 
  • 35% enfrentaram assédio;
  • 43.3% lidaram com trolls (anônimos que fazem comentários ofensivos para causar brigas), e
  • 44% foram vítimas de discurso de ódio/calúnias.

Em comunicado à imprensa, o principal autor do estudo Sameer Hinduja afirmou que alguns dos jovens “são desproporcionalmente suscetíveis a danos, especialmente aqueles que lidam com sofrimento emocional, problemas de saúde mental, baixa autoestima, relacionamentos parentais ruins e fraca coesão familiar”.

Entre os achados do estudo, também foi possível concluir que meninos e meninas vivenciaram padrões semelhantes de maus-tratos, mas meninas vivenciaram com mais frequência assédio sexual e aliciamento predatório. 

As meninas empregaram medidas de segurança oferecidas pela plataforma com mais frequência do que os meninos. Apesar disso, também se verificou que os recursos são acionados com pouca frequência.

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“A natureza imersiva desses espaços pode amplificar experiências e emoções, destacando a importância de recursos personalizados para garantir sua segurança e bem-estar” concluiu Hinduja no comunicado.

Fonte: New Media & Society  

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