Cinema | Qual a diferença entre 4DX, IMAX, Macro XE e XD?
Por Douglas Ciriaco • Editado por Guadalupe Carniel | •
O crescente uso da internet como entretenimento, a evolução dos formatos digitais de vídeo caseiro e a popularização das TVs de telas planas obrigaram os cinemas a se reinventarem.
Os preços salgados normalmente cobrados em salas de cinemas que se espalham pelo Brasil passaram a deixar muita gente em casa, preferindo o conforto do lar à experiência em uma sala de cinema. Diante disso, as companhias precisaram buscar alternativas para oferecer uma forma muito mais intensa de contato com a telona. Assim, foram surgindo inúmeras salas especiais em cinemas espalhados pelo país. As companhias - a maioria delas estrangeira - desenvolveram e trouxeram para cá exibições digitais, com qualidade avançada de áudio e imagem, para criar uma experiência imersiva do espectador com o cinema.
Você já deve ter ouvido falar em nomes como IMAX, XD, Macro XE e 4DX. Mas você sabe o que significa cada uma dessas expressões? Se não, chegou a hora de aprender um pouco sobre as diferenças entre cada uma dessas quatro salas especiais de cinema existentes em diversas grandes cidades brasileiras.
4DX
Sala 4DX, do Cinépolis. (Foto: Divulgação/Cinépolis)
Concebida pela rede de cinemas mexicana Cinépolis, a tecnologia 4DX (4D Experience) foi desenvolvida em parceria com a empresa coreana CGV e é basicamente uma simulação em quatro dimensões. Isso porque, além da experiência visual tridimensional, as cadeiras foram criadas especialmente para interagir com as cenas que se passam na tela. Dessa maneira, enquanto as sequências passam diante de seus olhos, as cadeiras simulam queda, vibrações, trepidação, aceleração e frenagem, colocando você ainda mais dentro do filme. As paredes de uma sala 4DX também são equipadas com recursos que simulam até 20 efeitos de luz, água, vento, nevoa e aromas.
Na tela, as exibições podem ser em 2D ou em 3D. Atualmente, o Cinépolis tem salas com esta tecnologia em seis de suas unidades espalhadas pelo Brasil. Elas estão localizadas nas cidades de Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Guarulhos (SP), Salvador (BA), São Bernardo do Campo (SP) e São Paulo (SP).
IMAX
Tela gigante do IMAX. (Foto: Divulgação/IMAX)
Provavelmente a mais famosa dos quatro tipos de salas especiais listados neste artigo, o IMAX é também o mais antigo de todos. Ele foi criado em 1968 e sua primeira transmissão em território brasileiro aconteceu no Rio de Janeiro, em 1997, em uma exibição do parque de diversões Terra Encantada. Nas salas de cinema, a tecnologia chegou oficialmente apenas em 2009.
O tamanho padrão das telas do IMAX é de 16,1 metros de altura por 22 metros de largura — uma área total de quase 355 metros quadrados —, mas elas podem ser ainda maiores. Os diferenciais do IMAX estão nas projeções com rolos de filme de 70 milímetros e com resoluções que chegam a 10.000 x 7.000 pixels.. Para efeito de comparação, uma sala convencional de cinema tem resolução de 2.048 x 1.080 pixels. Além disso, um rolo de filme de 2h30 de duração no formato do IMAX pesa cerca de 250 quilogramas.
A trilha sonora não vem embutida no filme, mas conta com sistema exclusivo e separado de seis canais em um rolo de filme magnético de 35 milímetros. Para complementar, diversos alto-falantes estão espalhados pelo teto, pelas laterais e localizados até mesmo atrás da tela gigante que fica diante dos olhos dos espectadores.
Existem hoje 11 salas de IMAX no Brasil. Elas estão em Campinas (SP), Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre (RS), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE) e São Paulo (quatro salas).
Macro XE
Potência máxima na Macro XE, do Cinépolis. (Foto: Divulgação/Cinépolis)
Macro XE (Extreme Experience) é a resposta da Cinépolis, a mesma criadora do 4DX, ao IMAX. Nestas salas de cinema, você tem contato com uma tela enorme e um som de alta potência, criando assim uma experiência intensa e imersiva do espectador com o filme. A exibição em uma sala Macro XE é feita com dois projetores 4K, enquanto a parte sonora fica por conta de um sistema de som de incríveis 13 mil watts de potência. Isso permite um nível de nitidez visual e sonora incríveis, algo crucial para quem escolher ir ver um filme em uma sala de cinema.
Atualmente, 18 salas Macro XE estão espalhadas pela rede Cinépolis nas cidades de Barueri (SP), Bauru (SP), Belém (PA), Curitiba, Fortaleza, Guarulhos, João Pessoa (PB), Jundiaí (SP), Manaus (AM), que conta com duas salas, Natal (RN), que também tem duas, Ribeirão Preto, Salvador (BA), São Bernardo do Campo, São José (SC), São José do Rio Preto (SP) e Sorocaba (SP).
XD
Sala XD, do Cinemark. (Foto: Matt Hafley/Post-Gazette)
A proposta do Cinemark, uma das mais conhecidas redes de cinema do mundo, para essa nova fase do cinema foi a tecnologia XD (Extreme Digital). Com tela maior do que a convencional e um sistema digital de transmissão de áudio e de vídeo, as salas conseguem oferece uma experiência bem interessante ao espectador.
A parte sonora da projeção fica por conta de um sistema de som de 12 mil watts de potência, inferior ao da sala Macro XE do Cinépolis, mas ainda sim de qualidade excepcional. A exibição é feita em uma tela 70% maior do que aquela presente em uma sala convencional, o que já faz uma grande diferença na experiência.
Ao todo, são 31 salas de cinema XD espalhadas pela rede Cinemark em todo o Brasil. Elas estão disponíveis nas seguintes cidades: Barueri, Betim (MG), Brasília (DF), Campinas, Cuiabá (MT), Curitiba, com duas salas, Goiânia (GO), também com duas salas, Guarulhos (SP), Londrina (PR), Niterói (RJ), Osasco (SP), Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, com duas salas, Salvador, Santo André (SP), Santos (SP), São Bernardo do Campo, São Caetano (SP) e São Paulo, com oito salas.
Fontes: Cinemark, Cinépolis (1), Cinépolis (2), IMAX, Película Virtual