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Tecnologias disruptivas: elas poderão mudar o mundo a partir desta década!

Por| 05 de Março de 2020 às 19h20

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Pixabay
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A tecnologia vem avançando a passos largos, e a cada temporada vários conceitos disruptivos evoluem de forma que o mundo pode mudar bastante em pouco tempo nos próximos anos. O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (o famoso MIT, na sigla em inglês) avaliou várias das atuais possibilidades e listou dez dessas grandes novidades para a década de 2020.

Abaixo, estão cinco dessas inovações, que abrangem indústrias relacionadas e os desenvolvimentos mais promissores nestes próximos anos.

1. Internet impossível de ser hackeada

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Uma Internet baseada em física quântica permitirá em breve uma comunicação com segurança total. Isso é o que prevê uma equipe liderada por Stephanie Wehner, da Universidade de Tecnologia de Delft, que vem construindo uma rede em quatro cidades na Holanda. As mensagens enviadas por esta rede não poderão ser alteradas por invasores. Nos últimos anos, os cientistas aprenderam a transmitir pares de fótons através de cabos de fibra óptica de uma maneira que as informações codificadas fiquem totalmente protegidas.

A China chegou a usar uma forma da tecnologia para construir um backbone de 2 mil quilômetros entre Beijing e Xangai, mas esse projeto depende em parte de componentes clássicos, o que quebra o elo quântico antes de estabelecer um novo, apresentando o risco de invasão. A rede de Delft, por outro lado, será a primeira a transmitir informações entre cidades usando técnicas quânticas de ponta a ponta.

Essa novidade depende de um comportamento quântico de partículas atômicas chamado emaranhamento, e elas não podem ser lidas secretamente sem interromper seu conteúdo. Como são difíceis de criar, isso só é possível atualmente por meio de supercomputadores, tornando-se ainda mais difíceis de serem transmitidas por longas distâncias. O grupo de Stephanie demonstrou que pode enviá-las a mais de 1,5 quilômetro e está confiante que poderá estabelecer um vínculo quântico entre Delft e Haia até o final deste ano.

Garantir uma conexão ininterrupta em distâncias maiores exigirá repetidores quânticos que estendem a rede. Atualmente, esses repetidores estão sendo projetados em Delft e em outros lugares. O primeiro deve estar concluído nos próximos cinco ou seis anos, segundo Stephanie, com uma rede quântica global completa até o final da década.

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2. Medicina personalizada

A edição genética vem oferecendo o potencial de transformar a medicina tradicional de "tamanho único" para uma abordagem mais eficaz, customizada. Essa nova abordagem envolve o direcionamento e a manipulação dos códigos genéticos de um paciente individual, com a aplicação de tecnologias de rápida maturação para a edição de genes, a fim de remover ou corrigir mensagens genéticas causadoras de problemas.

"O que os tratamentos têm em comum", diz o MIT, "é que eles podem ser programados, de maneira digital e com velocidade digital, para corrigir ou compensar doenças hereditárias, letra por letra do DNA". Os tratamentos também podem ser otimizados para evitar efeitos colaterais geralmente adversos da medicina contemporânea.

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3. Dinheiro digital

Essa é uma ideia que anda em maturação já há vários anos e entrou ainda mais em evidência com a ascensão das criptomoedas. Em junho do ano passado, o Facebook chegou a anunciar a "moeda digital global" chamada Libra, que desencadeou uma reação negativa de governos e companhias tradicionais do setor — e isso adiou, talvez permanentemente, o projeto da rede social.

Mas a ideia continua sendo explorada em outras frentes. Poucos dias depois do comunicado do Facebook, um funcionário do Banco Popular da China sugeriu que aceleraria o desenvolvimento de sua própria moeda digital. Agora, a China estaria pronta para se tornar a primeira grande economia a emitir uma versão digital de seu dinheiro, em substituição ao dinheiro físico.

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Os líderes chineses aparentemente veem a Libra, apoiada por uma reserva principal em dólares estadunidenses, como uma ameaça, capaz de reforçar o poder desproporcional da América sobre o sistema financeiro global — que assim teria o dólar como moeda de reserva mundial. A suspeita é de que a China tente impor sua própria moeda nessa fundação, o que daria a ela uma liderança financeira. Ou seja, a guerra do dinheiro digital já começou.

4. Remédios que retardam o envelhecimento

Vários progressos estão sendo feitos na produção de novos medicamentos para condições que geralmente acompanham o envelhecimento. A esperança é de que, nos próximos cinco anos, os cientistas possam começar a adiar alguns dos efeitos naturais da idade.

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Os senolíticos são medicamentos desenvolvidos para limpar as células indesejadas, que se acumulam em nossos corpos a cada primavera que deixamos para trás. Essas células senescentes podem acabar como placas nas células cerebrais e como depósitos que causam inflamação, inibindo a manutenção das células saudáveis ​​e deixando toxinas em nossos corpos.

Atualmente, testes da Unity Biotechnology, com sede em São Francisco, abordam um medicamento senolítico direcionado à osteoartrite do joelho. Uma empresa chamada Alkahest, especializada em Parkinson e demência, investiga a extração de certos componentes do sangue de jovens para injeção em pacientes com Alzheimer, na esperança de impedir o declínio cognitivo e funcional. Enquanto isso, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Drexel analisam o uso de um remédio já existente, a rapamicina, como um creme antienvelhecimento para a pele.

5. Moléculas descobertas pela inteligência artificial

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O universo de moléculas que poderiam ser transformadas em drogas potencialmente vitais é espantoso: pesquisadores estimam o número em torno de 1.060. Isso é mais do que todos os átomos do sistema solar, oferecendo possibilidades químicas praticamente ilimitadas. Para isso, é necessário encontrar as combinações relevantes.

Agora, com os avanços da inteligência artificial e das ferramentas de aprendizado de máquina, pode ser que grandes bancos de dados consigam cruzar as possibilidades para gerar esses resultados — isso poderia tornar mais rápida e mais barata a descoberta de novos candidatos a medicamentos.

Em setembro, uma equipe de pesquisadores criada com a parceria da Insilico Medicine de Hong Kong e da Universidade de Toronto deu um passo convincente para mostrar que essa novidade pode funcionar, sintetizando vários possíveis remédios, a partir de resultados obtidos por meio de algoritmos. Utilizando técnicas de aprendizado profundo e modelos semelhantes aos que de computador processando uma partida de Go, os cientistas identificaram cerca de 30 mil de novas moléculas com propriedades interessantes.

Desse total, eles selecionaram seis para sintetizar e testar. Uma delas era particularmente ativa e se mostrou promissora em testes em animais. Produzir novas moléculas é uma arte aperfeiçoada por anos de experiência e, no melhor dos casos, por uma forte intuição de profissionais muito capacitados. Agora, essa ferramenta pode dar um empurrão substancial para o setor.

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Outras tecnologias citadas pelo MIT

O ranking disruptivo do MIT traz também outras cinco frentes que podem alterar o cenário mundial a partir desta temporada:

  • Mega constelações de satélites, que podem reproduzir redes de comunicação de internet e outras relações que já mantemos na Terra
  • Supremacia quântica, que deve mudar muito a velocidade de transmissão e processamento e a capacidade de armazenamento de dados
  • Inteligência artificial minúscula, que poderá rodar poderosos algoritmos em nosso telefones e dispositivos ainda menores
  • Privacidade diferencial, uma técnica matemática que mede o quanto aumenta a privacidade quando uma variável é adicionada e pode ajudar a encontrar padrões em coleta de dados sem agredir dados confidenciais de usuários
  • Atribuição de mudanças climáticas, que permite aos pesquisadores identificar o papel das alterações sofridas pelo planeta em condições extremas

Tudo isso já está em andamento e, acredite, deve mudar consideravelmente nosso cotidiano nos próximos anos.

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Fonte: MIT, BigThink