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Quilograma físico deixa de existir. Entenda o que muda na nova definição

Por| 21 de Maio de 2019 às 20h00

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Divulgação/BIPM
Divulgação/BIPM

No ano passado, um conjunto de cientistas se reuniu em Versalhes, na França, para uma decisão muito emblemática: les decretaram a chamada “morte do quilograma”. Agora, a mudança começou efetivamente a valer.

A ideia não é que a unidade de medida deixe de existir — ela só passará ser definida de outra forma. Antes, o quilograma era calculado com base em um artefato físico conhecido como “Protótipo Internacional de Quilograma” (do inglês: IPK). Desde a convenção do ano passado, estabeleceu-se que a unidade de medida do quilo passaria a ser definida pela constante de Planck, assim chamado o número relativo à menor quantidade de energia possível.

A mudança aconteceu por conta exatamente de o IPK ter variado de massa, provavelmente, por contaminação. Assim, a proposta passou a considerar a definição de um quilo por uma constante natural e não mais um objeto. Por esse motivo, esta mudança está sendo também chamada de “fim do quilograma físico”.

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O que muda?

Em termos práticos, para a população em geral, tudo continua igual. Contudo, isso acarreta mudanças em outras três unidades atreladas à massa: o kelvin, o ampére e o mol. No dia 20 de maio, todas as balanças de precisão passaram a ser calibradas de acordo com o valor de Planck. Anteriormente, a base era na liga de iridium e platina que ficava dentro de uma engenhosa balança em Paris. O número era relacionado ao peso do objeto, ou seja, a força que a gravidade faz na massa para o centro da Terra

O novo método é chamado de balança de Kibble e não usa estes elementos. Agora, é gerada uma força eletromagnética a qual é usada para calcular a massa de um objeto. Este experimento é o que define com exatidão esta característica.

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Contudo, para utilização comum, (por exemplo, descobrir quantos quilos você tem) a balança da farmácia vai continuar suprindo muito bem.

A troca somente coloca esta unidade em acordo com outras que já são estabelecidas sob constantes naturais. Por exemplo, o metro é definido pela velocidade da luz referente à distância que um raio percorre em 1/299.792.458 segundos no vácuo.

É necessário que todo laboratório de alta precisão agora faça experimentos de Planck para definir a massa de objetos? Não. O Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) vai informar as constantes e as formas como estes laboratórios podem precisar o quilograma na quantidade de casas decimais necessárias. Isso vai permitir também que tais grupos possam trabalhar em escalas de precisão ainda maiores para seus cálculos.

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Fonte: Nature