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Quatro projetos brasileiros recebem os maiores prêmios da ISEF 2018

Por| 18 de Maio de 2018 às 16h27

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Quatro projetos brasileiros recebem os maiores prêmios da ISEF 2018
Quatro projetos brasileiros recebem os maiores prêmios da ISEF 2018
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Depois do primeiro dia de premiação, a Intel finalizou o ISEF 2018 (International Science and Engineering Fair, ou Feira Internacional de Ciências e Engenharia, em tradução livre) com os maiores trunfos da feira para os participantes. De todos os projetos avaliados neste segundo dia, quatro estudos de cinco estudantes brasileiros receberam os maiores prêmios desta edição do evento.

Agentes antifúngicos

O primeiro projeto brasileiro que foi apresentado neste segundo dia de premiações, veio da dupla Andrea Auler e Laura Cavalheiro Brizol. As duas são estudantes da Fundação Liberato, em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul e o objetivo do estudo é de encontrar novos compostos antifúngicos para o tratamento de doenças que são causadas por fungos - que causam mais mortes do que malária e tuberculose.

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De acordo com pesquisa realizada pela dupla, a quantidade de agentes antifúngicos diferentes é pequena e a mutação dos fungos é grande – o que torna os agentes cada vez menos eficazes. O trabalho das gaúchas mostrou que um composto baseado em sal orgânico em forma de líquido iônico, quando aplicado em diferentes concentrações, não é mais tóxico para o hospedeiro do fungo (a pessoa que está doente). A diferença entre a concentração danosa para a pessoa e a que não é mais, é de 350 vezes. Esta diferença garante que várias concentrações sejam utilizadas para diversos fungos, dentro da indústria farmacológica e com a menor quantidade possível de danos colaterais.

A dupla ficou em quarto lugar na categoria de microbiologia, faturando o prêmio de US$ 500, que gira perto de R$ 1,9 mil sem contar impostos.

Bactéria para combater a candidíase

O segundo dos quatro projetos contemplados com as maiores premiações da ISEF, é de Maria Valoto. A estudante do Colégio Interativa, de Londrina no Paraná, trouxe para a feira uma forma alternativa para combater um fungo chamado Candida spp. Este fungo é o responsável pela infecção chamada de candidíase e que atinge ao menos 75% das mulheres ao menos em algum momento da vida.

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A brasileira notou a falta de eficácia de alguns antimicrobianos, que não impediram a reprodução do fungo. A solução foi encontrada em uma bactéria, chamada de LV, encontrada em um pomar de laranjas. A bactéria então foi isolada, para que sua eficácia pudesse ser comprovada. 

Maria Valoto ficou em terceiro lugar na categoria de ciência médica, faturando prêmio de US$ 1 mil ou aproximadamente R$ 3,9 mil. 

Detecção de "boa noite Cinderela"

O terceiro projeto vencedor neste dia foi o de Isabela dos Reis, estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, em Osório. Seu projeto propõe um reagente químico que é capaz de mostrar, em um frasco que pode estar em uma pulseira, a presença de benzodiazepinas, ácido γ-hidroxibutírico e a cetamina, presentes na droga conhecida como "boa noite Cinderela".

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O reagente é capaz de reagir, independente da quantidade de componentes da droga, transformando a solução transparente para um tom azulado. O protótipo apresentado também contém um LED para ajudar na identificação do composto em locais escuros. De acordo com Isabela, o custo do protótipo é de R$ 1,99 e a estudante não confirmou se há parceria para a produção em massa da pulseira.

Isabela ficou em terceiro lugar na categoria de química, faturando prêmio de US$ 1 mil ou aproximadamente R$ 3,9 mil. 

Dispenser autônomo de líquidos

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Por fim, Gabriel Gelli Checchinato foi quem recebeu o último prêmio da delegação brasileira na ISEF 2018. Estudante do Colégio Ser, em Jundiaí, interior de São Paulo, Gabriel trouxe para a feira um projeto, já em protótipo, que é capaz de encher um copo de forma automática. A medição do recipiente que receberá o líquido é feita com base em uma faixa de LEDs infravermelhos e fototransistores, junto de medidor ultrassônico que faz a leitura de quanto de água chegou próximo da altura máxima do copo.

O controle é feito com base em uma placa de arduíno mega, que interpreta todos os dados dos sensores e envia a ordem para ligar ou desligar uma pequena bomba de água. A leitura da altura de água é feita mesmo quando há gelo no copo, mas ainda não é possível encher uma garrafa - por conta do raio menor da boca deste tipo de recipiente.

O objetivo do projeto é de diminuir a quantidade de água desperdiçada com dispensers automáticos (prevenindo transbordamento), junto de assistir deficientes visuais. A segunda parte do objetivo é alcançada com o uso de retorno sonoro para quando o copo é colocado no local correto (só assim o líquido é liberado) e outro para quando o copo já está cheio.

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Gabriel ficou em terceiro lugar na categoria de sistemas embarcados, faturando prêmio de US$ 1 mil ou aproximadamente R$ 3,9 mil.

O jornalista viajou para Pittsburgh, na Pensilvânia, a convite da Intel.