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Por que preferimos comida quente?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Fevereiro de 2024 às 12h30

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Zac Cain/Unsplash
Zac Cain/Unsplash

É indiscutível: o ser humano tende a ficar muito mais atraído por comida quente do que pela fria. Pense bem — o seu estômago ronca mais alto com a ideia de uma macarronada quente, que acabou de ser feita, ou com a ideia de comer o macarrão de ontem, sem esquentar? Nada é por acaso, e alguns fatores científicos podem ajudar a explicar por que preferimos comida quente.

De acordo com o cientista Luis Villazón, o alimento quente tende a gerar saciedade por mais tempo, porque demora mais para o apetite retornar. Isso ocorre, em parte, por ser mais difícil engolir comida quente, o que força a pessoa a comer devagar.

Dessa maneira, o cérebro pode receber sinais que ajudam a perceber que a pessoa está consumindo uma refeição generosa, e assim suprime o apetite por mais tempo.

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Sabores e aromas

Mas outra teoria é que os alimentos recém-cozidos têm mais sabor devido aos compostos orgânicos voláteis que são liberados.

Esses compostos químicos contêm carbono e evaporam facilmente em condições normais de temperatura e pressão, e quando os alimentos são aquecidos, essa liberação cria aromas que contribuem significativamente para a experiência sensorial da comida.

Por sua vez, os compostos aromáticos podem desencadear respostas olfativas e gustativas que influenciam a percepção do sabor.

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Isso quer dizer que a exposição ao calor faz com que os aromas e sabores fiquem mais intensos. "Esta estimulação extra faz com que os alimentos sejam mais satisfatórios do que os mesmos nutrientes consumidos frios", pontua o cientista.

Já para Stephen Secor, professor da Universidade do Alabama, "a comida quente forneceria, um reforço positivo na sua seleção” justamente por emanar mais partículas transportadas pelo ar do que a comida fria. O especialista reforça que parte da nossa sensação gustativa também envolve o cheiro, por isso é um fator a ser considerado.

No que diz respeito a preferir um alimento específico, a genética pode ter uma influência, mas existem métodos de convencer o próprio cérebro a passar a gostar um alimento, em casos de repulsa. 

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Textura dos alimentos

Existe outro ponto que pode contribuir para essa preferência. Alimentos quentes muitas vezes podem apresentar uma textura diferente daquela dos alimentos frios, e a temperatura afeta não apenas a percepção gustativa, mas também a percepção tátil.

Mas de maneira geral, podemos dizer que preferimos comida quente por conta de uma interação complexa de fatores, incluindo cultura e hábitos alimentares. Essas partículas são apenas um componente dos muitos elementos que contribuem para a experiência gustativa e olfativa dos alimentos aquecidos, mas ajudam a resolver pelo menos parte dessa questão.

Fonte: BBC Science Focus, Discovery News, How Stuff Works