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O que Bill Gates tem a ver com mosquitos editados geneticamente?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 29 de Abril de 2021 às 18h37

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 shammiknr/Pixabay
shammiknr/Pixabay

A empresa britânica de biotecnologia Oxitec está avançando no projeto de liberar milhões de mosquitos da espécie Aedes aegypti, geneticamente modificados (GM) em laboratório, no estado norte-americano da Flórida. Com a iniciativa, o objetivo é controlar doenças tropicais na região, como zika, dengue e chikungunya. Inclusive, a Fundação Bill e Melinda Gates já financiou a empresa em outras pesquisas.

A ideia por trás da atual empreitada é introduzir uma versão geneticamente modificada do mosquito da dengue na região dos Estados Unidos. Nessa versão da Oxitec, os machos geneticamente modificados são liberados, eles se reproduzem com mosquitos fêmeas selvagens, e a geração seguinte não sobrevive até a idade adulta, o que reduz a população de mosquitos. Isso porque os insetos carregam genes “autolimitantes” para os seus descendentes.

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No Brasil, a empresa já realizou diversos experimentos do tipo com o Aedes do Bem — como são intitulados —, desde 2010. Inclusive, uma das iniciativas ainda está vigente no interior de São paulo, na cidade de Indaiatuba. Por aqui, o estudo foi aprovado pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança).

Fundação Gates e os mosquitos geneticamente modificados 

Cofundador da Microsoft e filantropo da área da saúde, Bill Gates já esteve envolvido no financiamento da empresa, através da Fundação Bill & Melinda Gates, em duas ocasiões com aportes financeiros para estudos científicos, de acordo com uma apuração do Futurism. No entanto, a iniciativa buscava o desenvolvimento de outros mosquitos geneticamente modificados, aqueles que transmitem a malária.

“Os mosquitos geneticamente modificados estão se mostrando promissores no controle de outras doenças transmitidas por vetores [como é o caso da dengue ou da malária, por exemplo], então esperamos explorar seu uso com intervenções complementares para a malária”, afirmou um dos diretores da Fundação Gates, Philip Welkhoff, em um comunicado para imprensa em 2018. Inclusive, estas pesquisas foram turbinadas pelo conhecimento já adquirido com o mosquito da dengue.

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Vale destacar que a dengue e a malária são causadas por vetores diferentes. No caso da Flórida, o que se estuda é o uso de versões geneticamente modificadas do Aedes aegypti, conhecido por ser um vetor da dengue. No caso específico da malária, seria necessário o investimento em versões modificadas do mosquito Anopheles, popularmente conhecido no Brasil como mosquito-prego.

Fonte: Futurism e PR Newswire