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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (30/10/2018)

Por| 30 de Outubro de 2018 às 15h51

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ESA
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Ah, a ciência… esse campo do conhecimento que tanto nos fascina, mas que também nos assusta, dependendo do que está acontecendo. Na semana passada, tivemos uma chuva de novidades especialmente no campo da astronomia, e aqui está mais uma síntese com tudo de mais importante que foi divulgado nos últimos sete dias.

Agência espacial europeia vai construir réplica da Lua para treinamentos

A ESA está desenvolvendo um centro para treinamento de astronautas na Alemanha em que construirá uma pequena réplica da superfície da Lua. A base apelidada de Luna será usada para testar novas tecnologias e ferramentas que serão usadas em futuras missões espaciais, e a base terá experiência de microgravidade assim como acontece em nosso satélite natural.

A instalação Luna vai ser combinada a um habitat lunar artificial de mil metros quadrados, que será alimentado por um sistema de energia solar similar ao que a ESA crê que possa ser usado no futuro para alimentar uma base lunar real. E, para simular a poeira lunar, a agência vai adicionar pó vulcânico.

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Voos espaciais encolhem o cérebro dos astronautas

Ir ao espaço pode ser uma experiência que "abre" mentes, mas, ao mesmo tempo, acaba encolhendo o cérebro dos viajantes espaciais. É o que mostra um estudo conduzido por pesquisadores da Alemanha, Bélgica e Rússia, detalhando mudanças nos cérebros de 10 cosmonautas em comparação com suas condições antes e depois de irem para o espaço.

As viagens de longo prazo ao espaço acabam mudando extensamente a matéria branca e cinzenta do cérebro; contudo, ainda não se sabe exatamente o que essas mudanças significam na prática. Outra descoberta foi de que o líquido cefalorraquidiano (que protege o cérebro e a medula espinhal) permaneceu alterado por muito tempo após o retorno para a Terra.

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Duas galáxias-satélite da Via Láctea se colidiram

As galáxias-satélite que são chamadas de Small Magellanic Cloud (SMC) e Large Magellanic Cloud (LMC) se colidiram, com os astrônomos descobrindo que a região sudeste da SMC está se afastando de seu corpo principal — indício suficiente para confirmar a colisão.

De acordo com o estudo, a colisão deve ter acontecido há algumas centenas de milhões de anos.

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Parto no espaço em 2024?

A empresa holandesa SpaceLife Origins está pensando em realizar um parto no espaço no ano de 2024. A ideia é aprender como a reprodução pode acontecer no espaço, vislumbrando um futuro em que a humanidade já terá migrado para outros mundos e, portanto, terá a necessidade de se reproduzir fora da Terra.

A empresa, então, está desenvolvendo uma incubadora com um embrião especial, com a incubadora sendo enviada ao espaço em 2021 carregando óvulos humanos e esperma. Lá, será feita a fertilização até que o embrião seja formado. Quatro dias depois, a incubadora voltará à Terra com os óvulos já fertilizados para serem inseminados artificialmente.

Então, depois de três anos, pelo menos uma mulher grávida será enviada ao espaço para dar à luz à primeira criança nascida fora da Terra.

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Estranha nuvem branca avistada em Marte

Nos últimos dias, uma estranha nuvem branca foi avistada logo acima de um vulcão "morto" no equador de Marte. Mas, como o Planeta Vermelho é um mundo em que não há mais atividade geológica em andamento, essa nuvem não poderia ser a pluma de uma erupção.

Pesquisadores, então, acreditam que essa neblina misteriosa seja o que meteorologistas chamam de nuvem orográfica, tipicamente vistas ao lado de montanhas e se formando quando o ar denso perto dessa superfície flui para cima e se expande, resfriando a uma temperatura que permite que a umidade se condense em partículas de poeira. E, de fato, a nuvem branca aparece acima do pico elevado do vulcão Arsia Mons.

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Nuvens sobre essa região são comuns durante a maior parte do ano, desaparecendo nos meses anteriores ao solstício de inverno do hemisfério norte de Marte. Imagens semelhantes foram capturadas em 2009, 2012 e 2015 e, portanto, não é nenhuma surpresa encontrar o fenômeno novamente em 2018.

Lua "fantasma" composta por poeira pode estar orbitando a Terra

Já pensou se a Terra tivesse uma segunda Lua? Pois, de acordo com uma nova pesquisa, é possível que tenhamos um segundo satélite natural "fantasma" que, na verdade, é composto por poeira.

Cientistas estão encontrando evidências de nuvens de poeira chamadas de "nuvens de Kordylewski" na região entre a Terra e a Lua, e uma simulação matemática mostra que uma nuvem de poeira em constante mudança é possível de existir na região. E cientistas russos, usando lentes especiais que medem a polarização da luz, conseguiram capturar a nuvem de Kordylewski em duas noites consecutivas, depois de meses de tentativas frustradas.

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Contudo, ainda é cedo para dizer que a Terra tem mesmo essa lua de poeira ao seu redor. A poeira observada pode ser um fenômeno temporário, facilmente dissipada por meio de empurrões gravitacionais ou até mesmo por meio do vento solar.

Hubble de volta à ativa

Após a NASA conseguir recuperar um dos giroscópios defeituosos do telescópio espacial Hubble — o que fez com que ele precisasse ser temporariamente desativado —, a boa notícia é que o equipamento já está funcionando normalmente de novo.

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Para mostrar que tudo está funcionando nos conformes, o Hubble fez uma observação com luz infravermelha da galáxia DSF2237B-1-IR.

Adeus, Opportunity?

Sem se comunicar com a Terra desde junho, o rover Opportunity pode estar mesmo morto. O jipe robótico ficou preso em meio a uma tempestade de poeira que bloqueou a luz solar, necessária para alimentar suas baterias.

A tempestade já se dissipou, mas o rover segue sem conseguir enviar sinais à NASA mostrando que ainda tem algum respiro de vida. A agência espacial já acredita que a baixa energia causou falhas irreversíveis em alguns de seus equipamentos — como se o rover tivesse "morrido de frio". Ainda restam mais alguns dias de tentativa de comunicação, mas, se nada acontecer, o Opportunity será declarado como morto oficialmente, encerrando 14 anos de exploração da superfície de Marte.

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Sonda solar Parker já bateu recorde de proximidade do Sol

Lançada no início do ano, a sonda solar Parker, da NASA, já bateu um novo recorde, se tornando o objeto construído por humanos a chegar mais próximo do Sol. A nave ultrapassou o recorde atual de 26,75 milhões de quilômetros a partir da superfície solar na última segunda-feira (29), com o recorde anterior sendo estabelecido pela sonda alemã Helios 2, em abril de 1976.

O primeiro encontro mais próximo da Parker com o Sol deve acontecer amanhã (31), e a aproximação final (em que a sonda chegará a apenas 3,83 milhões de quilômetros da superfície do Sol) está esperada para o ano de 2024.