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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (23/10/2018)

Por| 23 de Outubro de 2018 às 15h58

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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (23/10/2018)
O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (23/10/2018)

E aí, amantes da ciência e da astronomia, conseguiram acompanhar as notícias dessas áreas que rolaram nos últimos dias? Não? Então este texto é para você: aqui, a gente sintetiza as principais notícias científicas da última semana. Vamos lá:

A Terra já foi roxa?

Um novo estudo está indicando que a Terra, um dia, já foi roxa em vez de majoritariamente recoberta por vegetação verde. É possível que as espécies mais antigas de vida em nosso planeta tenham usado uma molécula pigmentada de roxo chamada retina em vez de clorofila (que é verde) para aproveitar a energia da luz solar — e o resultado disso seria uma vegetação arroxeada.

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Há cerca de 2,4 bilhões de anos, a atmosfera terrestre não era repleta de oxigênio como hoje, contendo dióxido de carbono e metano até que micróbios fotossintéticos surgiram, como as cianobactérias, causando oxigenação e, consequentemente, o aumento de oxigênio na atmosfera do planeta. E as cianobactérias convertem luz solar em energia usando a clorofila. Mas, antes da oxigenação, a Terra já abrigava vida fotossintética — e o estudo sugere que a fotossíntese baseada na retina surgiu em conjunto com a da clorofila.

E, como a fotossíntese retinal pode ser facilmente produzida em ambientes com baixo teor de oxigênio, faz sentido pensar que esse tipo de fotossíntese tenha acontecido em larga escala antes da oxigenação do planeta — neste caso, deixando tudo em tons de violeta.

Vênus, here we go

Vênus, o "planeta infernal" por ser uma verdadeira estufa de gases tóxicos, altamente quentes e corrosivos, receberá uma missão tripulada em um futuro não muito distante. Isto é, caso os planos recentemente revelados pela NASA saiam do papel.

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A ideia é, primeiro, enviar sondas não tripuladas em caráter de teste para, depois, enviar astronautas que viverão em uma espécie de nave flutuante na atmosfera venusiana, especificamente em uma altitude em que as condições são similares às da Terra. Tudo isso faz parte da missão HAVOC, ainda sem previsão de lançamento.

Missão rumo a Mercúrio

Já o primeiro e menor planeta do Sistema Solar dentro de alguns anos receberá a missão BepiColombo, que foi lançada para lá como fruto de uma parceria entre a ESA e a JAXA. A missão leva três espaçonaves de uma vez, carregando dois orbitadores (um de cada agência) e deve chegar a seu destino em 2025.

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Quando a nave 3-em-1 chegar lá, as duas sondas serão separadas e operarão em conjunto, gerando dados simultaneamente e, assim, permitindo uma compreensão mais profunda sobre coisas como o campo magnético do planeta e sua interação com o vento solar — além de, claro, enviar para a Terra fotografias maravilhosas do planetinha.

Confirmado que o núcleo da Terra é mesmo sólido

O estudo em questão confirma que o núcleo da Terra é constituído por uma solidez elástica, algo similar ao ouro e à platina. Usando técnica similar à que mede a espessura da camada de gelo na Antártida, os pesquisadores conseguiram detectar as chamadas "ondas de cisalhamento" e, usando uma rede global de estações, mediram as semelhanças entre os sismógrafos. Então, um gráfico de correlação global foi criado — uma espécie de "impressão digital" do planeta.

Como resultado, demonstraram que o núcleo da Terra é mesmo sólido, ainda que outros mistérios permaneçam no ar, como, por exemplo, a temperatura do núcleo central, sua idade ou quão rápido ele se solidifica.

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Hubble pode voltar à ativa

O telescópio espacial Hubble foi colocado em modo de emergência depois de ter perdido mais um giroscópio (sendo que são necessários pelo menos três funcionando, entre o total de seis). Agora, a NASA disse que conseguiu reativar um giroscópio que apresentou defeito há sete anos.

Testes que simulam as condições reais do Hubble serão conduzidos e, tudo correndo bem, em breve o telescópio espacial que nos fascina desde os anos 1990 poderá voltar a operar normalmente, até ser substituído pelo telescópio espacial James Webb — que deve ser lançado em 2021.

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DNA de bactéria é "ressuscitado" para a criação de antibióticos

Um fragmento de DNA de uma bactéria do solo chamada Streptomyces sclerotialus foi capturado, e esse feito pode ajudar a criar antibióticos novos para combater infecções bacterianas. A equipe, por sinal, já criou um produto natural bioativo cujos derivados podem justamente serem usados como antibióticos. E os primeiros testes se mostraram promissores!

CubeSat e sua primeira foto de Marte

Os CubeSats são espaçonaves pequenininhas e de baixo custo que foram enviadas a Marte como parte da missão Mars Cube One. A ideia era descobrir se essas naves que são do tamanho de uma pasta são capazes de sobreviver a uma jornada no espaço — e, agora, um dos CubeSats já nos enviou sua primeira imagem registrada de Marte, mostrando que tudo está funcionando dentro dos coformes.

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A foto foi tirada durante um teste com sua lente grande angular por especialistas da NASA. Mais imagens devem continuar chegando até que os CubeSats cheguem a seu destino final, o que deve acontecer no dia 26 de novembro. Quando isso acontecer, os dois CubeSats demonstrarão sua capacidade de comunicação e aí saberemos se é possível continuar explorando o espaço com "navinhas" de baixo custo.