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Nobel de Química é dividido entre três pesquisas sobre evolução direcionada

Por| 03 de Outubro de 2018 às 13h22

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Nobel de Química é dividido entre três pesquisas sobre evolução direcionada
Nobel de Química é dividido entre três pesquisas sobre evolução direcionada

O Instituto Nobel anunciou na manhã desta quarta (3) os ganhadores do prêmio Nobel de Química, que será dividido entre três cientistas: Frances Arnold, do Instituto de Tecnologia da Califórnia; George Smith, da Universidade de Columbia; e Gregory Winter, do Laboratório de Biologia Molecular MRC do Reino Unido.

Trabalhando de maneira independente, a pesquisa dos três possuía um objetivo em comum: a criação de novas moléculas criadas a partir de organismos vivos, que foram utilizadas para a criação de biocombustíveis menos nocivos para o meio-ambiente e no tratamento de doenças como a psoríase.

A pesquisa de Arnold utiliza um processo chamado de “evolução direcionada”, que funciona de maneira parecida com uma cultura de novos tipos de sementes e plantas, só que acelerada em laboratório e utilizando bactérias como vetores de evolução.

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Através deste estudo, a pesquisadora conseguiu criar uma enzima em laboratório resistente a tratamentos que normalmente anulariam as funções da mesma enzima produzida naturalmente pelo organismo, e a técnica já está sendo usada na produção de medicamentos, produtos químicos especializados e biocombustíveis.

Já Smith e Winter trabalharam com um processo denominado "phage display", onde uma bactéria é infectada com um vírus para a criação de novas proteínas. E ao combinar esta técnica com a evolução direcionada, foi possível criar novos tipos de anticorpos que já são utilizados no tratamento da psoríase, artrite reumatóide e inflamações do intestino.

O Comitê do Nobel avisou que o prêmio não será dividido igualmente em três partes, mas que a pesquisadora Arnold receberá metade do valor total de um milhão de dólares, enquanto Smith e Winter dividirão o restante entre eles. Ele ainda alerta que as pesquisas dos três cientistas são muito recentes, ainda não atingiram o potencial máximo e que ainda podem trazer muitas melhorias ao mundo pelas próximas décadas.

Fonte: Vox