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Na sequência do corte de verbas de pesquisas, veja 9 avanços científicos dos EUA

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Montagem/Canaltech
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O investimento governamental em projetos científicos é crucial para que pesquisadores possam dar seguimento a investigações que, no futuro, serão benéficas para a sociedade em setores como saúde e tecnologia.

Contudo, diante de cortes de verbas para pesquisas previstos no orçamento enxuto de 2026 do governo dos Estados Unidos, alguns projetos podem estar sob risco. Que tal, então, conferir nove avanços científicos norte-americanos que contaram com incentivo governamental para sair do papel?

1. GPS

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O primeiro aparelho GPS comercial foi fabricado em 1988, mas, já em 1958, pesquisadores do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em conjunto com o Departamento de Defesa dos EUA, criaram o Transit, sistema de navegação para rastrear submarinos nucleares.

Em 1978, surgiu o Sistema de Posicionamento Global Navstar, inicialmente usado por militares e, posteriormente, adotado por companhias aéreas comerciais. Pesquisas em instituições como o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, além de contratos governamentais com empresas como a Boeing, fomentaram a produção e o uso dessa tecnologia, hoje indispensável.

2. Medicamentos para diabetes e obesidade

As pesquisas que culminaram no desenvolvimento de medicamentos como Ozempic e Mounjaro começaram na década de 1980. Na época, o Dr. Jean-Pierre Raufman, pesquisador de venenos de insetos e répteis no Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA, descobriu que o veneno do monstro-de-gila poderia agir no pâncreas e estimular a liberação de uma enzima digestiva.

Experimentos posteriores realizados pelo endocrinologista John Eng, que trabalhou com Raufman, identificaram o composto exendina-4 no veneno do lagarto. Em 2005, uma versão sintética desse composto, que estimula a produção de insulina, foi aprovada para o tratamento do diabetes.

3. Pontos quânticos

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Os pontos quânticos foram criados na década de 1980, e sua produção em escala só foi possível graças ao financiamento do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia e do Instituto de Nanotecnologias do Exército dos EUA.

Mas como essa criação influencia seu cotidiano? Os pontos quânticos são minúsculos cristais de material semicondutor, amplamente utilizados nas telas de TVs, smartphones e monitores de computador. Eles também têm aplicações importantes na construção de painéis solares.

4. Dicionário de língua de sinais

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Em 1996, o professor de literatura inglesa William Stokoe utilizou bolsas da Fundação Nacional de Ciência para conduzir estudos sobre a estrutura da língua de sinais. O resultado foi a criação do primeiro dicionário da Língua Americana de Sinais (ASL).

A inspiração de Stokoe surgiu um ano antes, quando ele ficou indignado com o fato de muitas escolas exigirem que alunos surdos fizessem leitura labial e falassem em voz alta nas salas de aula. Mais tarde, sua luta e seus estudos foram cruciais para que a ASL fosse reconhecida como um direito das pessoas surdas.

5. CAPTCHA

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Você provavelmente já entrou em um site e teve de responder à pergunta: “Você é um humano?”. O nome dessa verificação é CAPTCHA, sigla para Completely Automated Public Turing Test to Tell Computers and Humans Apart (Teste de Turing Público e Completamente Automatizado para Diferenciar Computadores de Humanos, em tradução livre).

O CAPTCHA foi inventado em 2000 por cientistas da Universidade Carnegie Mellon, cuja pesquisa recebeu apoio de bolsas concedidas pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos. Os primeiros CAPTCHAs exibiam uma imagem com texto distorcido, exigindo que os internautas digitassem a mensagem correta para prosseguir na navegação.

6. Eliminação da bicheira

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Um esforço federal dos EUA, com investimentos de cerca de US$ 750 milhões ao longo de duas décadas, fez com que o país se livrasse oficialmente da bicheira em 1966. A doença infecciosa é causada por larvas de moscas, principalmente varejeiras, que se alojam em feridas.

Na década de 1950, cientistas do Departamento de Agricultura dos EUA desenvolveram uma técnica de reprodução que criava machos estéreis da mosca varejeira, enganando as fêmeas e impedindo o crescimento da população do inseto.

7. Cirurgia LASIK sem lâmina

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A cirurgia LASIK é utilizada para corrigir erros de refração ocular, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. Antigamente, o procedimento era realizado com o uso de um microcerátomo, dispositivo que contava com uma lâmina.

Após um acidente ocular envolvendo um laser de femtossegundo na Universidade de Michigan, o Dr. Ron Kurtz ficou impressionado com a precisão da ferramenta. Assim, ele e seus colegas do Centro de Ciências Ópticas da universidade, financiado pelo Fundo Nacional de Ciências, transformaram o laser de femtossegundo em uma ferramenta oftalmológica que revolucionou a medicina.

8. Massagem infantil

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Na década de 1970, o Dr. Saul Schanberg e seus colegas da Universidade Duke descobriram que filhotes de rato privados do contato materno apresentavam redução na atividade de uma enzima crucial para seu desenvolvimento.
Financiados pelo Instituto Nacional de Saúde, os pesquisadores realizaram um estudo em que usaram um pincel úmido para acariciar os filhotes, o que gerou resultados positivos nas taxas de crescimento dos animais.

Posteriormente, Schanberg conduziu estudos com Tiffany Field, psicóloga da Universidade de Miami. Os cientistas demonstraram que bebês prematuros que recebiam carinho e massagem regularmente em unidades de terapia intensiva neonatal ganhavam peso mais rapidamente e recebiam alta hospitalar mais cedo.

9. Dustbuster

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O aspirador de pó portátil modelo Dustbuster foi desenvolvido após um projeto da NASA com a empresa Black & Decker. Na época, a agência espacial americana contou com a companhia para criar uma furadeira de superfície lunar, usada nas missões Apollo.

O sistema utilizado para produzir a furadeira, com menor consumo de energia, ajudou a Black & Decker a desenvolver uma linha de produtos domésticos sem fio, como o Dustbuster, que se tornou um marco na categoria de equipamentos de limpeza.

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Fonte: New York Times